No descortinar de leitura de mundo, territórios materiais e existenciais: Reflexões sobre as contribuições metodológicas da arte em oficinas pedagógicas com educandos da Educação de Jovens e Adultos

Autores

  • José Peixoto Filho FaE/CBH/UEMG
  • Carolina Rezende de Souza

Resumo

Este artigo pautado em uma pesquisa bibliográfica, busca instaurar reflexões sobre as possibilidades de utilização da arte nos desafios de potencialização leituras de mundo e territórios de educandos da EJA, especificamente no universo de oficinas pedagógicas, e assim a sua contribuição na criatividade e autoria, através destes atores sociais, tendo em vista a produção de desenhos, artefatos culturais e apropriação dos mesmos na perspectiva do objeto gerador de Ramos (2004). Baliza-se no conceito de leitura de mundo de Paulo Freire, articulado ao conceito de território através de alguns autores e nos processos criativos vivenciados pela arte através da noção de autoria e criatividade Pode-se constatar as possibilidades da arte nos desafios de potencialização leituras de mundo e territórios de educandos da EJA, e na promoção da criatividade e autoria dos educandos. A arte nesta perspectiva deve ser valorizada então na construção metodológica de nossas pesquisas e na formação de professores, e assim fundamentais na desconstrução dos estereótipos em relação aos educandos da EJA e suas práticas pedagógicas.

Palavras-chave: Leituras de Mundo; Territórios; Educação de Jovens e Adultos; Arte; Oficinas pedagógicas.

Biografia do Autor

José Peixoto Filho, FaE/CBH/UEMG

Possui graduação em Física pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1966), mestrado em Mestrado em Educação pelo Instituto de Estudos Avançados em Educação da Fundação Getúlio Vargas (1985) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992). Atualmente é professor titular da Fundação Universidade de Itaúna, coordenador da Pós-graduação stricto sensu da Universidade do Estado de Minas Gerais e consultor dos projetos da Capes, junto a Coordenação de candidaturas a Bolsa e Auxílios no exterior. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, história da educação, formação de professores, ensino de matemática e educação de adultos.

Carolina Rezende de Souza

Bacharel em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Foi bolsista de Iniciação Científica da FAPEMIG/MG, ainda durante a Graduação, desenvolvendo um projeto que buscava desenvolver processos pedagógicos de resgate de memória com alunos da quarta série de uma comunidade rural localizada no município de Caeté. Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação da FAE/CBH/UEMG na Linha de Pesquisa Educação, Trabalho e formação humana. Atua principalmente nos seguintes temas: Memória, cultura popular, territórios, processos educativos e saberes tradicionais. Sua dissertação de Mestrado constituiu-se em uma experiência em Educação Popular, que buscou investigar como educandos da EJA de uma comunidade tradicional constroem suas leituras de mundo e assim seus territórios materiais e existenciais, utilizando-se de oficinas pedagógicas. Foi bolsista do projeto Observatório da Educação do Campo: Práticas em Educação de Jovens e Adultos, Letramento e Alternâncias Educativas/CAPES/OBEDUC/INEP no período de 2011 a 2013.

Publicado

2013-11-19

Como Citar

Filho, J. P., & de Souza, C. R. (2013). No descortinar de leitura de mundo, territórios materiais e existenciais: Reflexões sobre as contribuições metodológicas da arte em oficinas pedagógicas com educandos da Educação de Jovens e Adultos. SCIAS - Arte Educação, 1(1), 14–29. Recuperado de https://revista.uemg.br/index.php/scias/article/view/425