Catastrofização e a percepção da dor de pacientes em tratamento contra Neoplasia Oral

Autores

  • Claudiane Mahl Universidade Federal de Sergipe - UFS https://orcid.org/0000-0003-2021-026X
  • Paulo Ricardo SaqPaulouete Martins-Filho
  • Emily de Lima Pena
  • Lois Lene Silva Santos
  • Catarina Sampaio Carvalho
  • Beatriz Santana Silva
  • Joyce Moura Santos

Palavras-chave:

Neoplasias Bucais, Catastrofismo, Percepção da dor

Resumo

A avaliação adequada da dor do paciente oncológico é necessária para que haja o controle eficaz, tornando-se imprescindível a abordagem sobre todas as causas determinantes como o tipo, duração, intensidade, fatores desencadeantes e agravantes, além de considerar que a percepção dolorosa é individualizada. Desta forma o objetivo deste trabalho é avaliar a percepção da dor, a adequação analgésica e o nível de pensamentos catastróficos sobre dor dos pacientes diagnosticados com Neoplasia oral. Trata-se de um corte transversal com análise descritiva de pacientes com diagnóstico de neoplasia oral (C00-14), que estavam iniciando tratamento no hospital referência Sergipe, período de agosto de 2017 a maio de 2018. Utilizou-se instrumentos validados. Inventário Resumido da Dor para percepção da dor; o Índice de Manejo da Dor para avaliar a adequação analgésica e a escala de pensamentos catastróficos para identificar os níveis de catastrofismo. Dos 28 avaliados, a maioria eram homens (71%), com idade superior a 50 anos (57,1%), baixa escolaridade (92,8%), baixa renda (78,5%), tabagistas ou ex-tabagistas (71,5%) e etilista ou ex-etilista (75%). Quanto as características clínicas, a neoplasia de assoalho da boca representou 21,4% do total. Em relação ao estadiamento 71,4% estavam no IV estádio. Quase 50% referiram ter sentido dor forte na última semana. A analgesia estava inadequada para 21,4% e 29% possuíam alto nível de pensamentos catastróficos. Os pacientes avaliados estão dentro do perfil de pacientes com Neoplasia oral apresentados na literatura, onde a maioria é do sexo masculino, baixa renda, baixa escolaridade, etilista e tabagistas. Observou-se que a dor está presente no dia a dia de grande parte dos pacientes, muitos com manejo inadequado da dor e catastrofização. Por isso o diagnóstico precoce e tratamento imediato para a redução da morbimortalidade e sequelas da doença são essenciais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes.

Biografia do Autor

Claudiane Mahl, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Professora Assistente do Departamento de Enfermagem (UFS/DENL). Doutoranda em Ciências da Saúde (PPGCS/UFS)

Referências

Baliza, D. P. et al. Physiological quality of coffee seeds produced under different levels of solar radiation and maturation stages. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 34, n. 3, p. 416-423, 2012b Beck AT. Thinking and Depression. II. Theory and Therapy. Arch Gen Psychiatry 1964; 10, 561-71. 12

Bonica, J.J. - Treatment of cancer pain: current status and future needs. In: Fields, H.L.; Dubner R.; Cervero, F. Advances in pain research and therapy: proceeding of the Fourth World Congress on Pain, New York, Raven, 9:.589-615, 1985.

Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estimativa de 2018. Disponível em http://www2.inca.gov.br. Acesso em 26/06 /2018

Calil, AM; Pimenta, Mattos, CM. Intensidade da dor e adequação de analgesia. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 13, n. 5, p. 692-699, Oct. 2005

Cleeland CS, Gonin R, Hatfiled AK, Edmonson JH, Blum RH, Stewart JA, Pandya KJ. Pain and its treatments in outpatients with metastatic cancer. N Engl J Med. 1994; 330:592– 96

Coenson, C. & Dimsdale, J. E. (1994). Psychiatric liaison on a bone marrow transplantation until. General Hospital Psychiatry, 16, 131-134

Ferrell, B.R. et al. - Clinical decision making and pain. Cancer Nurs 14 (6): 289-97, 1991.

Ganesh R, John J, Saravanan S. Socio demographic profile of oral câncer patients residing in Tamil Nadu - A hospital based study. Indian J Cancer. 2013

Gois Santos, Santos, Carvalho et al. Mortality from oral cancer in Aracaju, SE, Brasil: 2000-2009. Revista de odontologia UNESP, 2013.

Llewellyn, C. D.; et al. An Analysis of Risk Factors for Oral Cancer in Young People: a Case-control Study. Oral Oncology, 2004; 40: 304-313. 07. LUNA-ORTIZ, K.;

Revista Brasileira de Cancerologia, 2002, Pimenta, CAM; Teixeira, MJ. Questionário de dor McGill: proposta de adaptação para a língua portuguesa. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 30, n. 3, p. 473-483, dez. 1996 .

Oral health, hygiene practices and oral cancer. MARQUES, Luzia A et al Rev. Saúde Pública [online]. 2008, vol.42, n.3.

Oseasohn,C.; Graveley,E.A.; Hudepohl, N.C. - Issues in medical compliance research. Can J Nurs Res 21 (4): 35-43, 1989.

Pimenta, C.A.M. Avaliação da experiência dolorosa. Rev. Med, v. 74, n. 2, p.69-75, 1995.

Pimenta , CAM; Koizumi, MS; Teixeira, MJ; Dor no doente com câncer: características e controle. Revista Brasileira de Cancerologia - Volume 43 n° 1 Jan/ Fev/Mar. 1997.

Sehn, FC; Validação da escala de pensamentos catastróficos e associação do catastrofismo com marcadores biológicos. Porto Alegre, 2012. p. 30-35.

WHO. World Health Organization International Guide for monitoring alcohol consumption and related harm. Geneva, 2000

Downloads

Publicado

2019-10-30

Como Citar

Mahl, C., Martins-Filho, P. R. S., Pena, E. de L., Santos, L. L. S., Carvalho, C. S., Silva, B. S., & Santos, J. M. (2019). Catastrofização e a percepção da dor de pacientes em tratamento contra Neoplasia Oral. Ciência ET Praxis, 11(22), 07–14. Recuperado de https://revista.uemg.br/index.php/praxys/article/view/3053

Edição

Seção

Artigos