Impactos, entraves e desafios da gestão compartilhada de uma escola municipal com a Polícia Militar de Minas Gerais

Autores

  • Wesley Dias Santos Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
  • Juliana Brito de Souza Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais – Campus São João Del Rei

Resumo

O atual contexto social, político e econômico é paradoxal. Se de um lado, alguns grupos sociais e instituições rechaçam toda forma de autoritarismo e submissão, de outro lado, encontramos movimentos que buscam retomar ações que enfatizam a hierarquização, a submissão e a obediência como formas de resolução dos conflitos e problemas sociais. A partir dessa prerrogativa, apresentamos o presente trabalho de pesquisa que pretende discutir a questão da gestão democrática em uma instituição pública municipal que adotou o modelo de gestão compartilhada com a Polícia Militar de Minas Gerais. O objetivo principal deste estudo, que consiste em analisar, no contexto da escola municipal em questão, como ocorre a construção dos processos democráticos garantidos em lei, uma vez que, há uma instituição estranha à escola que foi chamada para atuar dentro do seu espaço e que cumpre um papel social distinto daquele de consenso, tradicionalmente relacionado a ela. Para que tal investigação fosse possível, partimos da abordagem metodológica de pesquisa qualitativa, na perspectiva histórica, explorando o contexto e revisando bibliografias que tratam do assunto, além de consultas, in loco, de documentos que regem a escola. Alguns autores de grande expressão foram consultados, tais como: Foucault, Freire, Saviani, Cury, Libâneo, Freitas, dentre outros. A aproximação do objeto de pesquisa se deu por meio de estudo de caso, buscando compreender algumas particularidades da implantação deste modelo de gestão, que outorga para si, ser pioneiro no Brasil em âmbito municipal, relacionando os sujeitos e ações que compõem o contexto, de forma a identificar processos e a sintetizar resultados. Como resultados parciais foram possíveis algumas conclusões, a de que a escola por si só não é capaz de resolver o problema estrutural da violência; modelos autoritários de gestão geram práticas pedagógicas castradoras e silenciadoras, que docilizam especialmente as camadas mais populares, grande maioria, que depende do serviço público ofertado pela rede municipal de educação em questão e que o fator qualidade/investimento de escolas militares diferencia da realidade

Biografia do Autor

Juliana Brito de Souza, Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais – Campus São João Del Rei

Doutora em Educação

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Publicado

2025-04-23