A determinação categorial do fetichismo como processo de síntese na obra de Marx e “linha de força” do primeiro capítulo d’O capital.
Resumo
O presente artigo visa oferecer uma contribuição ao estudo do problema do fetichismo a partir da obra de Marx, indo dos Grundrisse de 1857-58 à segunda edição d’O capital de 1873. Pretende oferecer ao leitor uma contextualização acerca deste problema, tentando demonstrar que a formulação teórica do fetichismo da mercadoria exposta em O capital é resultado de intensas análises anteriores de Marx. Com efeito, sua intenção é trazer a discussão para o fato de que é a temática da reificação expostas nos Grundrisse que engendram a formulação teórica do fetichismo em O capital. Assim sendo, no marco dessa contextualização, faremos uma problematização sobre os possíveis avanços da referida temática para além do primeiro capítulo d’O capital, cuja análise versará em demonstrar que o fetichismo da mercadoria reúne em si um conjunto de questões candentes para Marx, representando, portanto, um “processo de síntese” em toda sua obra e uma “linha de força” no primeiro capítulo de sua magna obra, coroando de forma sintética todo esse repertório anterior de análises.