Elementos para um debate do Serviço Social sobre "racismo recreativo": o racismo como entretenimento

Autores

  • Jhonatas Moreno Centro Universitário Mauricio de Nassau

Palavras-chave:

Antirracismo; Práxis; Entretenimento; Interseccionalidade; Racismo

Resumo

  Construir meios e métodos para fortalecer a luta de classe advinda do sistema capitalista, vem sendo a algum tempo pré-requisito no constructo teórico de muitos pesquisadores e pesquisadoras. O racismo como ferramenta estrutural da sociedade brasileira, surge com o escravismo e é potencializado com a Questão Social[1] e suas expressões, deste modo suas interseccionalidades estão intrínsecas em nossa sociabilidade. Compreender as múltiplas faces do racismo e produzir meios para sanar sua reprodução, faz parte do projeto ético-político[2] do Serviço Social em sua práxis social[3]. Essa proliferação interseccional, oriunda do comércio capitalista, através da escravidão, deixou heranças negativas quase que irreversíveis, nas quais, o Serviço Social atua continuamente. O racismo como modo de entretenimento dentro do conceito de racismo recreativo, é um dos desafios que enfrentamos, seja na formação ou no exercício profissional. A luz de compreender e alimentar a prática antirracista, buscamos referenciais à gênese desta luta, que podem elucidadas novos meios de contribuição não somente para o Serviço Social, más para todas as esferas da sociedade.

 

[1] Corresponde a um conjunto de expressões que definem a desigualdade da sociedade decorrentes da industrialização capitalista. Para melhor entendimento, ver  Iamamoto ( 2014).

[2] Consiste em um projeto de transformação da sociedade, que rompe com o conservadorismo na atuação do/a assistente social. Para melhor entendimento, ver Abramides (2019).

[3] Atividade e capacidade de atuação na prática social, atribuídas a determinadas categorias que lidam com a questão social. Para melhor entendimento, ver Netto (2018).

Biografia do Autor

Jhonatas Moreno, Centro Universitário Mauricio de Nassau

Sou Jhonatas N. Moreno, educador popular, sacerdote das religioões de matriz africana (babalorixá do Ilê Asé Alaketú Ogbo Odé Okó), militante dos movintos negro e das religiões de Matriz Africana e  discente do curso de Serviço Social.

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Publicado

2024-07-10