Disfarces públicos e desafetos privados: a cultura política do anonimato na imprensa mineira oitocentista (1823-1831).
Resumen
O surgimento da imprensa mineira no início dos oitocentos se deu pela iniciativa de políticos, intelectuais e ricos comerciantes que tomaram as letras como instrumentos mobilizadores das opiniões públicas a partir de seus interesses privados. Os periódicos se tornam eficazes meios de divulgação e formação de ideias, projetos e doutrinas políticas, registrando os "traços" que vão delinear uma prática comum na imprensa da época: a publicação das correspondências assinadas por um pseudônimo. O anonimato se torna uma estratégia de manifestação das opiniões na medida em que resguarda a verdadeira identidade de quem escreve para os periódicos, configurando uma rede de "discursos cruzados" capaz de alimentar as discussões políticas cotidianas. Assim, percebe-se a existência de elementos discursivos formadores de uma "cultura política do anonimato", pautada na participação de diversos atores sociais no espaço público mineiro.
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