Desafios e potencialidades de uma abordagem decolonial no Ensino de Inglês no Brasil e a concepção da BNCC
Visualizações: 50DOI:
https://doi.org/10.36704/sdhe.v7i2.9142Palavras-chave:
Ensino de inglês, BNCC, Inglês como Língua Franca, Decolonialidade, Abordagem decolonialResumo
Neste ensaio investiga-se como o ensino de inglês no Brasil, e as concepções presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), reforça estruturas de colonialidade, perpetuando a visão do falante nativo como referência ideal. No trabalho argumenta-se que essa abordagem marginaliza epistemologias e variedades linguísticas locais, mantendo a hegemonia eurocêntrica. Propõe-se uma abordagem decolonial que reconheça o inglês como uma língua internacional, adaptável às realidades dos estudantes brasileiros, valorizando suas identidades e contextos culturais. O conceito de Inglês como Língua Franca é discutido como uma alternativa ao paradigma colonial, buscando uma educação mais democrática e inclusiva que incentive a apropriação crítica da língua pelos alunos.
Referências
ALVES, Polyanna Castro Rocha; SIQUEIRA, Sávio. A perspectiva do inglês como língua franca como agente de decolonialidade no Ensino de Língua Inglesa. Revista Digital dos Programas de Pós-Graduação do Departamento de Letras e Artes da UEFS, Feira de Santana, v. 21, n. 2, p. 169-181, maio-ago. 2020. Disponível em: https://revistas.uefs.br/index.php/rpglea/article/view/2491. Acesso em: 3 jul. 2024. DOI: https://doi.org/10.13102/cl.v21i2.5072
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Tradução de Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis e Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
BROWN, Douglas. Teaching by principles: An interactive approach to language pedagogy. 3. ed. New York, NY: Pearson, 2007. 569 p.
BRUMFIT, Christopher. Individual Freedom and Language Education: Personal, Professional and Political. Oxford: Oxford University Press, 2001.
DUBOC, A. P. M. Falando francamente: uma leitura bakhtiniana do conceito de “inglês como língua franca” no componente curricular língua inglesa da BNCC. Revista da Anpoll, [S. l.], v. 1, n. 48, p. 10–22, 2019. DOI: 10.18309/anp.v1i48.1255. Disponível em: https://revistadaanpoll.emnuvens.com.br/revista/article/view/1255. Acesso em: 10 ago. 2024. DOI: https://doi.org/10.18309/anp.v1i48.1255
DUBOC, Ana Paula Martinez. Letramento crítico nas brechas da sala de línguas estrangeiras. Tradução. Campinas: Pontes, 2014. Acesso em: 09 ago. 2024.
DUFVA, H. Beliefs in dialogue: A bakhtinian view. In: KALAJA, P.; BARCELOS, A. M. F. (Eds.). Beliefs about SLA: New Research Approaches. Dordrecht: Kluwer, 2003. p. 131-151. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4020-4751-0_6
FARRELL, Thomas. Lesson Planning. In: RICHARDS, Jack. Methodology in language teaching. 9. ed. New York: Cambridge University Press, 2007. p. 30-39. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511667190.006
FIGUEREDO, Carla Janaina. O falante nativo de inglês versus o falante não-nativo: representações e percepções em uma sala de aula de inglês. Linguagem & Ensino, Pelotas, v. 14, n. 1, p. 67-92, 2011. DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v14i1.15382
GRADDOL, David. English Next: Why global English may mean the end of ‘English as a Foreign Language’. Londres: British Council, 2006.
HAUPT, Carine; VIEIRA, Miliane Moreira Cardoso. Língua inglesa como língua adicional: cultura e contextos. Estudos da Língua(gem), Vitória da Conquista, v. 11, n. 2, p. 83-101, dez. 2013. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/estudosdalinguagem/article/view/5486/4116. Acesso em: 2 dez. 2024. DOI: https://doi.org/10.22481/el.v11i2.5486
HIGGINS, Christina. ‘Ownership’ of English in the Outer Circle: An Alternative to the NS-NNS Dichotomy. TESOL Quarterly, v. 37, n. 4, p. 615-644, 2003. DOI: https://doi.org/10.2307/3588215
JONES, Elspeth. In praise of languages for internationalization. WorldWise - Blogs - The Chronicle of Higher Education, fev. 2012. Disponível em: http://www.chronicle.com/blogs/worldwise/in-praise-of-languages-for-internationalization/29132. Acesso em: 29 mar. 2024.
KACHRU, Braj. Standards, codification and sociolinguistic realism: English language in the outer circle. In: QUIRK, Randolph; WIDOWSON, Henry (orgs.). English in the world: Teaching and learning the language and literatures. Cambridge: Cambridge University Press, 1985. p. 11-36.
LÔPO RAMOS, Ana Adelina. Língua adicional: um conceito “guarda-chuva”. Revista Brasileira de Linguística Antropológica, [S. l.], v. 13, n. 01, p. 233–267, 2021. DOI: 10.26512/rbla.v13i01.37207. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/ling/article/view/37207. Acesso em: 1 dez. 2024. DOI: https://doi.org/10.26512/rbla.v13i01.37207
MEDEIROS, L. M.; FONTOURA, H. A. da. O desafio de ensinar língua inglesa na Educação de Jovens e Adultos. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 16, n. 1, p. 82–91, 2017. DOI: 10.14393/rep-v16n12017-art07. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/36245. Acesso em: 2 dez. 2024. DOI: https://doi.org/10.14393/REP-v16n12017-art07
MIGNOLO, Walter D. La colonialidad a lo largo e a lo ancho: el hemisferio occidental en el horizonte colonial de la modernidade. Tabula Rasa, n. 1, p. 29-54, 1998.
MODIANO, Marko. International English in the global village. English Today, v. 15, n. 2, p. 22-27, 1999. Disponível em: https://doi.org/10.1017/S026607840001083X. Acesso em: 20 de setembro de 2024. DOI: https://doi.org/10.1017/S026607840001083X
DE OLIVEIRA, Fernando Alves. Oralidade em língua inglesa, no Ensino Fundamental, à luz da BNCC: um olhar reflexivo. Miguilim – Revista Eletrônica do Netlli, Crato, v. 10, n. 1, p. 04- 18, jan.-abr. 2021. DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v10i1.2698
PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of colonialism. Londres: Routledge, 1998.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 227-278. Disponível em: https://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf. Acesso em: 3 ago. 2024.
RAMPTON, Michael. Displacing the ‘native speaker’: Expertise, affiliation and inheritance. ELT Journal, v. 44, n. 2, p. 97-101, 1990. Disponível em: https://doi.org/10.1093/elt/44.2.97. Acesso em: 20 set. 2024. DOI: https://doi.org/10.1093/elt/44.2.97
RAJAGOPALAN, K. Linguistics and the myth of nativity: Comments on the controversy over 'new/non-native Englishes'. Journal of Pragmatics, [s.l.], v. 27, n. 2, p. 225-231, 1997. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0378-2166(96)00027-6. Acesso em: 1 dez. 2024. DOI: https://doi.org/10.1016/S0378-2166(96)00027-6
RODRIGUES, Luiz Carlos Balga. Atitude, imaginário, representação e identidade linguística: aspectos conceituais. In: CNLF: CONGRESSO NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA, XVI, 2012, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: UFRJ, 2023. p. 362-372.
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Editora Cortez, 2009.
SANTOS, Mílton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record. Acesso em: 01 dez. 2024.
SEIDLHOFER, Barbara. Understanding English as a Lingua Franca. Oxford: Oxford University Press, 2011.
SELINKER, L. Interlanguage 40 years on: Three themes from here. In: HAN, Z.; TARONE, E. (Orgs.). Language Learning & Language Teaching. Amsterdam: John Benjamins Publishing Company, v. 39, 2014. p. 221-246. DOI: https://doi.org/10.1075/lllt.39.12ch10
SILVA, A. C.; GOMES, M. A. S.; LIMA, A. R. D. A inclusão da literatura na formação do professor de Língua Portuguesa: desafios e possibilidades. Migrações e Redes de Ensino, v. 7, n. 1, p. 67-82, 2023. DOI: http://doi.org/10.21680/2237-8072.2023v7n1.2698. Disponível em: http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/MigREN/article/view/2698. Acesso em: 20 set. 2024.
SILVA, Flavia Matias da. O ensino de língua inglesa sob uma perspectiva intercultural: caminhos e desafios. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, [s.l.], v. 19, n. 2, p. 255-276, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbla/a/MzvrQHvX4YxLxTkwmRjk9l/?lang=pt. Acesso em: 2 dez. 2024.
WALSH, Catherine. Interculturalidade crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In: CANDAU, Vera Maria (Org.). Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009. p. 12-42.
WIDDOWSON, H. G. EIL: Squaring the circles. A reply. World Englishes, v. 17, n. 3, p. 397-401, 1998. Disponível em: https://doi.org/10.1111/1467-971X.00113. Acesso em: 20 set. 2024. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-971X.00113
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution [ESPECIFICAR TEMPO AQUI] após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).