Gemas e mais gemas

a afluência da pedraria brasileira a Portugal na 2.a metade de Setecentos

Autores

  • Dr. Gonçalo de Vasconcelos e Sousa Universidade Católica Portuguesa - Campus Porto

Palavras-chave:

Gemas, Rio de Janeiro, Salvador, Lisboa, navio

Resumo

Na segunda metade do século XVIII, afluiu a Lisboa e ao Porto uma significativa quantidade de gemas, provenientes dos portos do Rio de Janeiro e de Salvador da Baía. Topázios, crisoberilos, granadas, ametistas, águas-marinhas, entre outras pedras, chegavam a Lisboa remetidas por encomenda, negócio ou acompanhando viajantes até à capital do Reino. Entre os seus destinatários encontravam-se nobres, clérigos, homens de negócios, ourives, entre diversos outros cuja ocupação se desconhece. Esta variedade e quantidade de gemas possibilitaram uma arte de grande riqueza cromática, através da realização de jóias e da sua aplicação em custódias.

Biografia do Autor

Dr. Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, Universidade Católica Portuguesa - Campus Porto

Professor catedrático da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, onde é diretor do CIONP - Centro Interpretativo da Ourivesaria do Norte de Portugal. Doutor (2002) em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Diretor do CITAR - Centro de Investigação em Ciência
e Tecnologia das Artes (2011-2016) e diretor do extinto Departamento de Arte e Restauro (2006-2015). Diretor da Revista de Artes Deco- rativas e da revista Museu.

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Publicado

2021-04-01

Como Citar

Sousa, G. M. da S. de V. e. (2021). Gemas e mais gemas: a afluência da pedraria brasileira a Portugal na 2.a metade de Setecentos. Revista Transverso, (9), 74–84. Recuperado de https://revista.uemg.br/index.php/transverso/article/view/5575