Artefato têxtil no candomblé

tessitura sobre processos, cultura, artefato e divino

Autores

Palavras-chave:

Artefato Têxtil, Candomblé, Sustentabilidade, Processo, Manualidade.

Resumo

O presente artigo trata das conexões realizadas no fabrico do artefato têxtil associado à ideia de vestir, em contexto externo à produção industrial seriada, e investido de cultura ao associar-se à religiosidade. O contexto das religiões afro-brasileiras, a destacar o Candomblé, demanda que a produção do artefato obedeça às tradições. O aprendizado do fazer se dá pela transmissão oral e geracional/hierárquica. Nos aproximamos desse fazer também pela lente da sustentabilidade quando observamos a permanência dos aspectos culturais que conectam a fé e o fazer à natureza em uma relação de não-desperdício, nem dos recursos e nem dos processos.

Biografia do Autor

Regina Barbosa, Escola Alef Peretz

Doutora em Design pela Universidade Anhembi Morumbi, bacharel em Negócios da Moda com Habilitação em Design de Moda (2006) e Mestre em Design pela mesma IES (2009). Atualmente é STEAM Professor na Escola Antonieta e Leon Feffer- Peretz (Alef Peretz), tendo atuado também como docente nos Bacharelados em Design de Moda e Negócios da Moda da Universidade Anhembi Morumbi entre os anos de 2009 e 2019. Coordenou entre 2016 e 2019, a criação e desenvolvimento de coleção do Projeto Pérola, desenvolvido pelo LabModAR (ex-Coletivo Moda e Resiliência), atividade de extensão dos Bacharelados em Design e Negócios da Moda da Universidade Anhembi Morumbi. Também desenvolve projetos de ilustração para fins diversos, além de desenvolver consultorias em projetos que conjuguem o desenvolvimento sustentável, a autoria coletiva e principalmente as manualidades têxteis.

Henrique Campos

Graduado em Design de Moda pela Universidade Anhembi Morumbi. Atualmente trabalha como autônomo com estamparia e ilustração. Durante a graduação realizou monitoria voluntaria nas matérias de moda e identidade; desenho de observação e teoria das cores, além de participar dos projetos de extensão e foi assistente de criação no LabModAR (ex-Coletivo Moda e Resiliência). Desenvolve ilustrações e trabalhos têxteis para fins diversos.

Referências

COELHO, Luiz Antonio L. (org) Conceitos-Chave em Design. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio. Novas Ideias, 2008.

NASCIMENTO, Ana Maria Barbosa do. Pespontos nos trajes de candomblé: os trajes sagrados de Nóla de Araújo. 2016. Dissertação (Mestre em Artes Visuais) – Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.

PEREIRA, Hanayrá Negreiros de Oliveira. O Axé nas roupas: indumentária e memórias negras no candomblé angola do Redandá. 2017. Dissertação (Mestre em Ciência da Religião) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

SILVA, Vagner Gonçalves da. O antropólogo e sua magia: trabalho de campo e texto etnográfico nas pesquisas antropológicas sobre religiões afro-brasileiras. São Paulo: EDUSP, 2006.

SOUZA, Patrícia Ricardo de. Axós e Ilequês: rito, mito e a estética do candomblé. 2013. Tese (Doutorado em Sociologia) – FFLCH, Universidade de São Paulo.

STALLYBRASS, Peter. O casaco de Marx: roupas, memória, dor. 4 ed. Tradução de Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.

VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás. 2º ed. Salvador: Editor Pierre Verger, 2018.

Downloads

Publicado

2021-09-18

Como Citar

Barbosa Ramos, R., & Campos Petarelo dos Santos, H. (2021). Artefato têxtil no candomblé: tessitura sobre processos, cultura, artefato e divino. Revista Transverso, (10), 44–51. Recuperado de https://revista.uemg.br/index.php/transverso/article/view/5624