A crítica de Nietzsche à Cultura Ocidental a partir do significado dos Ideais Ascéticos

Autores

  • Israel Cunha Mattozo Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia - FAJE

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar a crítica de Nietzsche à cultura ocidental e sua relação com os ideais ascéticos. Partimos da perspectiva nietzscheana de que a cultura ocidental vive uma decadência em função dos valores estabelecidos pela tradição. Homens que já apresentavam uma desorganização hierárquica de forças, diante do horror ao vácuo, diante da falta de sentido da existência, buscaram subterfúgios que possibilitaram alívio ao sofrimento imanente à realidade trágica e ao mesmo tempo afirmação da vontade de poder. Para tanto, apegaram-se a ideais ascéticos como referência para criar valores antinaturais e esperanças metafísicas, dentre eles o conceito Deus. Diante do horror ao vácuo surge a necessidade de buscar respostas e alívio para o sofrimento. Utilizam-se, então, de uma manipulação idealizadora da vida, acreditando existir uma finalidade para toda a realidade. Surgem, com isso, os ideais ascéticos como subsídios para a construção da cultura, buscando meios de se manipular a realidade enquanto trágica, bem como, o vazio de sentido e finalidade para a existência. Desta feita, adotamos como ponto central a análise da terceira dissertação da Genealogia da moral visando apresentar os ideais ascéticos e sua relação com as principais expressões culturais: arte, filosofia, religião e ciência.

Biografia do Autor

Israel Cunha Mattozo, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia - FAJE

Mestre, bacharel e licenciado em Filosofia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia - FAJE

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Publicado

2012-11-08

Edição

Seção

Artigos