Domínios de qualidade de vida mais prevalentes entre pacientes em hemodiálise e diálise peritoneal

Autores

  • Alba Otoni UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI/ CAMPUS CCO/DIVINÓPOLIS
  • Julia Lamese Amaral Universidade Federal de São João del-Rei/ Campus CCO/Divinópolis
  • Luiz Alberto Alberto De Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI/ CAMPUS CCO/DIVINÓPOLIS
  • Hugo Dorjó Silva Fiusa UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI/ CAMPUS CCO/DIVINÓPOLIS
  • Maria Eduarda Rabelo Freire UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI/ CAMPUS CCO/DIVINÓPOLIS
  • Thamara Pessamilio Carneiro UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI/ CAMPUS CCO/DIVINÓPOLIS
  • Vinícius Silva Belo UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI/ CAMPUS CCO/DIVINÓPOLIS
  • Mariana Alvina Dos Santos Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Palavras-chave:

Insuficiência Renal Crônica, Diálise Peritoneal, Qualidade de vida, Unidades Hospitalares de Hemodiálise.

Resumo

Introdução: As terapias renais substitutivas (TRS) podem impactar na qualidade de vida dos pacientes com doença renal crônica terminal (DRCT). Objetivo: comparar os diferentes domínios da qualidade de vida entre os pacientes com DRCT que realizam hemodiálise (HD) e aqueles que realizam diálise peritoneal (DP). Método: corte transversal realizado com pacientes com DRCT em TRS em centro de nefrologia em Minas Gerais, Brasil. Resultados: Incluídos 232 participantes. Nas 19 dimensões apresentadas para avaliar qualidade de vida, 84,2% mostraram-se semelhantes entre pacientes em HD e DP indicando que o nível de comprometimento da qualidade de vida na maioria dos pacientes em TRS é independente da modalidade de tratamento a que o paciente é submetido. Conclusão: Os domínios de qualidade de vida dos pacientes com DRCT em TRS referentes a “Função emocional” e “Vitalidade” foram significativamente maiores nos pacientes em Hemodiálise e o domínio “encorajamento do pessoal da diálise” foi significativamente maior entre os pacientes em diálise peritoneal, demonstrando que embora três dos 19 domínios tenham se mantido significativamente no modelo final, acredita-se que a qualidade de vida desse pacientes esteja mais relacionada à presença da doença renal crônica e a rotina de tratamento que isto impõe do que com o tipo de TRS realizada.

Referências

ALCALDE, P. R.; KIRSZTAJN, G. M. Expenses of the Brazilian Public Healthcare System with chronic kidney disease. Brazilian Journal of Nephrology, v. 40, n. 2, p. 122–129, 2018.

AL WAKEEL J, AL HARBI A, BAYOUMI M et al. Quality of life in hemodialysis and peritoneal dialysis patients in Saudi Arabia. Ann Saudi Med 2012; 32:570-4.

ALVARES J, ALMEIDA AM, SZUTER DAC et al. Fatores associados à qualidade de vida de pacientes em terapia renal substitutiva no Brasil. Ciên Saúde Coletiva 2013; v. 18, n. 7, p. 1903-10.

BASTOS MG, BREGMAN R, KIRSZTAJN, MASTROIANNI G. Doença renal crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável. Rev Ass Med Bra 2010; v. 56, n. 2, 248-53.

CORDEIRO JABL, BRASIL VV, SILVA AMTC et al. Qualidade de vida e tratamento hemodialítico: avaliação do portador de insuficiência renal crônica. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009; 11(4):785-93

DIAZ-BUXO JA, LOWRIE EG, LEW NL et al. Quality-of-life evaluation using Short Form 36: comparison in hemodialysis and peritoneal dialysis patients. Am J Kidney Dis 2000;35:293-300. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/S0272- 6386(00)70339-8

DUARTE PS, MIYAZAKI MCOS, CICONELLI RM et al. Tradução e adaptação cultural do instrumento de avaliação de qualidade de vida para pacientes renais crônicos (KDQOL-SFTM). Rev Ass Med Bras 2003; v. 49, n. 4, p. 375-81.

FAHUR, BS, YEN, LS, FERRARI, GNB et al. Avaliação da qualidade de vida com instrumento KDQOL-SF em pacientes que realizam hemodiálise. In: Colloquium Vitae; 2011.p. 17-21.

FANCOURT D, PERKINS R, ASCENSO S et al. Effects of Group Drumming Interventions on Anxiety, Depression, Social Resilience and Inflammatory Immune Response among Mental Health Service Users. PLOS ONE 2016; 11(3): e0151136.

FRUCTUOSO M, CASTRO R, OLIVEIRA L et al. Quality of life in chronic kidney disease. Nefrologia 2011;31:91-6.

GONÇALVES FA, DALOSSO IF, BORBA JMC, BUCANEVE J, VALERIO NMP, OKAMOTO CT et al. Qualidade de vida de pacientes renais crônicos em hemodiálise ou diálise peritoneal: estudo comparativo em um serviço de referência de Curitiba – PR. J Bras Nefrol 2015; 37(4):467-474.

KIDNEY DISEASE: IMPROVING GLOBAL OUTCOMES (KDIGO) CKD Work Group. KDIGO 2012 Clinical Practice Guideline for the Evaluation and Management of Chronic Kidney Disease. Kidney Int 2013; 3:1-150.

KUTNER NG, ZHANG R, HUANG Y et al. Patient aware¬ness and initiation of peritoneal dialysis. Arch Intern Med 2011;171:119-24.

LAMBIE M, CHESS J, DONOVAN KL et al. Independent effects of systemic and peritoneal inflammation on peritoneal dialysis survival. J Am Soc Nephrol 2013; 24(12): 2071-80.

MALTA M, CARDOSO LO, BASTOS FI et al. Iniciativa STROBE: subsídios para a comunicação de estudos observacionais. Rev Saúde Pública 2010; 44(3):559-65.

MENEZES C. A qualidade de vida de dependentes de álcool. [dissertação] Botucatu-SP. Universidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu, 2006.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Diretrizes Clínicas para o Cuidado ao paciente com Doença Renal Crônica – DRC no Sistema Único de Saúde/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. p.: 37 p.

RAMOS ECC, SANTOS IS, ZANINI RV et al. Qualidade de vida de pacientes renais crônicos em diálise peritoneal e hemodiálise. J Bras Nefrol 2015; 37(3):297-305.

RENATA RAF, BASABE-BARAÑANO N, FERNÁNDEZ-PRADO E et al. Quality of life and coping: diffe¬rences between patients receiving continuous ambulatory peri¬toneal dialysis and those under hospital hemodialysis. Enferm Clin 2009; 19:61-8.

RUSSO GE, MORGIA A, CAVALLINI M et al. Quality of life assessment in patients on hemo¬dialysis and peritoneal dialysis. G Ital Nefrol 2010; 27:290-5.

SADAF G. SEPANLOU, HAMID BARAHIMI, et al. Prevalence and determinants of chronic kidney disease in northeast of Iran: Results of the Golestan cohort study. Plos one. 2017 May; 1-14.

SESSO, RC; LOPES, AA; THOMÉ, FS et al. Inquérito Brasileiro de Diálise Crônica. J Bras Nefrol 2018; 38(1):54-61. São Paulo, SP, Brasil.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Censo de diálise 2018. SBN; 2016. Disponível em: http://www.sbn.org.br. Acesso em: 21 de Março; 2019.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Tratamento de doenças: Hemodiálise. Disponível em: http://www.sbn.org.br/publico/hemodialise Acesso em: 21 de Março; 2019.

ZHANG AH, CHENG LT, ZHU N et al. Comparison of quality of life and causes of hospitalization between hemodialy¬sis and peritoneal dialysis patients in China. Health Quality Life. Outcomes 2007; 5:49.

Downloads

Publicado

2019-11-29

Como Citar

Otoni, A., Amaral, J. L., De Oliveira, L. A. A., Fiusa, H. D. S., Freire, M. E. R., Carneiro, T. P., … Dos Santos, M. A. (2019). Domínios de qualidade de vida mais prevalentes entre pacientes em hemodiálise e diálise peritoneal. Ciência ET Praxis, 12(24), 13–22. Recuperado de https://revista.uemg.br/index.php/praxys/article/view/4021

Edição

Seção

Artigos