METODOLOGIAS ATIVAS EMANCIPATÓRIAS E AUTONOMIA ESTUDANTIL NO CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO:
estado da arte
DOI:
https://doi.org/10.36704/eef.v28i54.8107Palavras-chave:
Métodos de ensino, Formação discente, Reflexão crítica, Protagonismo estudantilResumo
Buscou-se, neste artigo, analisar de que forma as produções dos programas de pós-graduação stricto sensu em educação abordam as metodologias ativas e o currículo do ensino médio, de 2013 a 2022. Para cumprir o objetivo, realizou-se uma pesquisa do tipo Estado da Arte, tratando os dados obtidos através da técnica de Análise de Conteúdo de Laurence Bardin. Os construtos teóricos focam no estímulo à reflexão crítica dos estudantes e na formação de autonomia. Define-se, assim, a percepção de Metodologias Ativas Emancipatórias, que se apresentou como uma tendência emergente no campo investigado. Foram analisadas 43 obras. Concluiu-se que a produção em teses e dissertações pode apresentar posicionamentos mais críticos quanto à adoção de Metodologias Ativas no currículo do ensino médio. Este estudo sugere que, ao considerar metodologias ativas como alternativas flexíveis, podemos potencializar o protagonismo e a autonomia dos estudantes, promovendo um currículo mais dinâmico e crítico.
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