As vozes que constroem o Brasil Moreno

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Resumo

Este artigo tem por objetivo apresentar uma análise, a partir de um editorial, do papel que as vozes de autoridades (ou da Ciência) exercem na interação entre o autor de um editorial e seus possíveis leitores. No editorial, publicado na Folha UOL em 29 de julho de 2011, sob o título de Brasil Moreno, o enunciador  propõe que se inclua uma nova categoria nas pesquisas realizadas pelo IBGE sobre a questão da raça no Brasil. Ele parte do princípio de que as recentes pesquisas do IBGE dão mostra de que o termo “pardo” está em desuso, devido à preferência dos brasileiros pelo termo “moreno”. Em consequência disso, o editorialista sugere a inclusão desta categoria nas próximas pesquisas, ao lado do termo “pardo”. Para convencer o leitor (enunciatário) a respeito dessa necessidade, o enunciador usa uma série de estratégias discursivas; dentre elas, as mais ousadas estratégias enunciativas polifônicas. Para proceder a essa investigação, tomamos por base a perspectiva enunciativa e polifônica do Modelo de Análise Modular do Discurso (MAM), por nos possibilitar um percurso teórico que dá conta da complexidade discursiva do texto Brasil moreno com suas várias vozes distribuídas em seus complexos níveis de interação.

Biografia do Autor

Regina Celia Vago, UFMG

Possui graduação em Letras - Faculdade Castelo Branco (1987), especialização em Linguística Aplicada ao Ensino do Português e em Língua Portuguesa pela PUC - Minas, especialização em Gestão Escolar Integradora: supervisão, orientação e inspeção pela Universidade Castelo Branco, especialização em Gestão em Educação Profissional pelo IFPR e mestrado em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006). Tem experiência na área de Lingüística (com ênfase em Análise do Discurso), Pedagogia e Educação Profissional. Atualmente é professora efetiva do Instituto Federal do Espírito Santo e doutoranda em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais.

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Publicado

2020-04-20