Rede de atenção e direito do portador de transtorno mental ao convívio familiar e social
Abstract
O presente artigo tem como objetivo defender a ideia de que o sujeito estruturado na psicose pode organizar-se nas várias dimensões humanas, vivendo em meio à sua realidade social e familiar, fora dos muros excludentes da subjetividade. Bastando, para tanto, que se ofereçam outros dispositivos de entrelaçamento a partir da sua realidade e que favoreçam seus laços sociais. Para justificar tal argumento percorremos pela superfície dos gerenciamentos sobre o conceito de normal e patológico e, da loucura que se faz com o sujeito apenas por ele se apresentar diferente e ao que isto implica em relação aos formatos e utilidades dos psicodiagnósticos. Desenvolvemos uma apresentação sobre um dos serviços de atenção em meio aberto que é o Centro de Referência da Assistência Social - CRAS, consonante com a reforma psiquiátrica, buscando refletir a importância da família neste processo e a necessidade de dispensar atenção a todos os seus membros e à comunidade no que tange o direcionamento de assistência à saúde mental. Nossa expectativa é demonstrar que é possível ser normal diferente em meio àqueles que estatisticamente são tidos como normais iguais.
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