A afasia de Joaquinzinho no sistema do duplo em Budapeste

Autores

  • Micheline Mattedi Tomazi Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • Luis Eustáquio Soares Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Resumo

Este artigo propõe que afasia constitui uma espécie de linha de fuga de Budapeste, romance de Chico Buarque. Tendo como referência teórica Deleuze e Guattari (1977), Guattari (1988) e Bakhtin (1999, 2003), a ideia é mostrar que o tema do autor famoso e do anônimo no romance em questão constitui o lado de um sistema de aparência autoritário. Nesse sentido, como metáfora da literatura, a afasia deixa de significar uma falta ou defeito de fala, pois adquire um sentido positivo, invertendo, assim, o jogo, porque é o poder, qualquer poder, que se torna sujeito de falta.

 

Palavras-chave: Duplo; discurso literário; afasia; sujeito; ideologia.

Biografia do Autor

Micheline Mattedi Tomazi, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Professora Doutora em Linguística do Departamento de Línguas e Letras da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Luis Eustáquio Soares, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Professor Doutor em Teoria Literária do Departamento de Línguas e Letras da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

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Publicado

2010-12-05

Edição

Seção

Artigos