Alteridade e educação em Direitos Humanos: por uma concepção mais humana sobre a prática da automutilação

Autores

  • Ana Paula de Castro Neves Programa de Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos - (PPGIDH) da Universidade Federal de Goiás https://orcid.org/0000-0002-3308-9115
  • Sandra Cristina Rodrigues Lopes PPG-IELT. Universidade Estadual de Goiás (UEG)
  • Débora Cristina Santos e Silva Membro da Rede Goiana de Pesquisa em Leitura e Ensino de Poesia (REDEPESQ/ FAPEG/2007-2010). Pesquisadora do Projeto PO.EX ́70-80 - Arquivo Digital da Literatura Experimental Portuguesa?, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT/União Europeia/Refª: PTDC/CLE-LLI/098270/2008), no Centro de Estudos Culturais, da Linguagem e do Comportamento (CECLICO) da Universidade Fernando Pessoa (UFP/Porto/ 2010-2014)

Palavras-chave:

Alteridade; Educação em Direitos Humanos; Automutilação

Resumo

A educação é, por excelência, um encontro de singularidades sempre permeado pela presença do outro. Assim, este trabalho propõe uma reflexão acerca do conceito de alteridade como fundamento primeiro na mediação dialética e dialógica da vida, para repensarmos a Educação em Direitos Humanos, objetivando compreender o lugar do outro na prática pedagógica e, assim, podermos elucidar a delicada relação fronteiriça existente entre a produção do comportamento automutilador e esse lugar em que o outro se encontra, na medida de nossa indiferença. Trabalhar uma Educação em Direitos Humanos voltada para o diálogo, em um mundo globalizado repleto de conflitos, faz da alteridade palavra-chave, uma vez que a função primordial da Educação é a de nutrir possibilidades relacionais e nos levar a ocupar o lugar do outro, em uma dialógica para a percepção da dor do outro, já que a dor do outro é também dor nossa, reverberada e desvelada na relação.

Biografia do Autor

Ana Paula de Castro Neves, Programa de Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos - (PPGIDH) da Universidade Federal de Goiás

Mestranda em Direitos Humanos do Programa de Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos - (PPGIDH) da Universidade Federal de Goiás. Graduada em Direito (Bacharelado- 2004) pela Universidade Federal de Goiás. Especialista em Direito e Processo Civil (2007) pela Uni-Anhaguera. Atuou com advogada militante (2005 a 2009) na Capital Advocacia. Atuou como assessora jurídica (2012 a 2015) no Centro de Referência em Assistência Social do município de Goiânia-GO, com ênfase nas Medidas Socioeducativas e violação de Direitos Humanos. Atuou como tutora curso de Segurança do Trabalho (2013 a 2016) à distância do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. Atualmente é advogada militante e estudante. Tem experiência nas áreas de Direito, Educação e Direitos Humanos.

Sandra Cristina Rodrigues Lopes, PPG-IELT. Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Mestranda em Educação, Linguagem e Tecnologia - PPG-IELT. Universidade Estadual de Goiás (UEG); Bacharelanda em Direito - Faculdade Evangélica Raízes de Anápolis; Pós-Graduada em Terapia Familiar pela AVM, Faculdade Integrada de Brasília; Graduada em Psicologia pela Faculdade Anhanguera de Anápolis; Pós-Graduada em Docência Universitária pela Faculdade Católica de Anápolis; Graduada em Letras Português/Inglês pela Universidade Estadual de Goiás(UEG); Professora Efetiva da Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Concurso de 1999); Escritora, Poetisa e Palestrante. Atua, principalmente, nos seguintes temas: Terapia Familiar e de Casal; Psicologia Sistêmica, Psicologia Escolar e Educacional, Língua Portuguesa, Teologia, Ética, Ecologia e Sustentabilidade.

Débora Cristina Santos e Silva , Membro da Rede Goiana de Pesquisa em Leitura e Ensino de Poesia (REDEPESQ/ FAPEG/2007-2010). Pesquisadora do Projeto PO.EX ́70-80 - Arquivo Digital da Literatura Experimental Portuguesa?, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT/União Europeia/Refª: PTDC/CLE-LLI/098270/2008), no Centro de Estudos Culturais, da Linguagem e do Comportamento (CECLICO) da Universidade Fernando Pessoa (UFP/Porto/ 2010-2014)

Mestre em Literatura Brasileira (UFG/1996/Bolsista CAPES). Doutora em Teoria Literária (UNESP /2002/Bolsista FUNADESP). Pós-doutora em Literatura e Hipermédia pela Universidade Fernando Pessoa (UFP-Porto/2010/Bolsista CAPES). Pós-doutora em Arte e Cultura Visual na Universidade Federal de Goiás (FAV-UFG/2016-2018). Docente do PPG Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias da Universidade Estadual de Goiás (PPG-IELT/UEG). Docente do curso de Letras do Campus Anápolis de Ciências Sócio-Econômicas e Humanas (CCSEH/UEG). Líder do GP ARGUS - Estudos de Cultura, Linguagem e Comportamento (CNPq/2004 -). Membro da Rede Goiana de Pesquisa em Leitura e Ensino de Poesia (REDEPESQ/ FAPEG/2007-2010). Pesquisadora do Projeto PO.EX 70-80 - Arquivo Digital da Literatura Experimental Portuguesa?, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT/União Europeia/Refª: PTDC/CLE-LLI/098270/2008), no Centro de Estudos Culturais, da Linguagem e do Comportamento (CECLICO) da Universidade Fernando Pessoa (UFP/Porto/ 2010-2014).

Referências

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Publicado

2021-07-14

Como Citar

de Castro Neves, A. P., Sandra Cristina Rodrigues Lopes, & Débora Cristina Santos e Silva. (2021). Alteridade e educação em Direitos Humanos: por uma concepção mais humana sobre a prática da automutilação. SCIAS. Direitos Humanos E Educação, 4(1), 231–255. Recuperado de https://revista.uemg.br/index.php/sciasdireitoshumanoseducacao/article/view/5264