O acesso de pessoas trans às universidades públicas brasileiras
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https://doi.org/10.36704/sdhe.v7i2.9138Palavras-chave:
Ações Afirmativas , Universidade Pública, Pessoas transResumo
O presente ensaio apresenta elementos da pesquisa em andamento para a Tese de Doutorado em Serviço Social, desenvolvida na Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Franca/SP, intitulada “Ações Afirmativas, 10 anos: desafios e perspectivas da democratização do acesso às Universidades Federais e a atuação do/a profissional de serviço social”. O estudo aqui desenvolvido corresponde a um dos tópicos da pesquisa e tem como objetivo apresentar reflexões acerca do acesso de pessoas trans à Universidade por meio das Ações Afirmativas. O termo “trans” é empregado para abarcar as múltiplas identidades de gênero e designar sujeitos que não se identificam com o gênero atribuído com base no sexo biológico. Pessoas trans são, historicamente, excluídas de diversos espaços sociais, como a educação, o trabalho, a saúde, os espaços políticos e de participação social. Nessas esferas, enfrentam discriminação por divergirem dos padrões normativos de identidade de gênero impostos pela sociedade. Tal contexto expõe esses sujeitos a violências de ordem psicológica, física, cultural, patrimonial, entre outras, perpetuando a violação de direitos. A negação de acesso a políticas sociais, entre elas a educação, acentua essa exclusão. No âmbito desta pesquisa, destaca-se o papel da Universidade pública enquanto espaço estratégico de transformação e inclusão social.
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