Política social e democratização direito à saúde: equidade do acesso a mulheres negras a reprodução

Autores

  • Tatiane Farias da Rosa Silva Universidade Federal Fluminense.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a construção da PNSIPN vinculada a Reforma Sanitária e os desafios na sua efetivação.  Propõe-se com este trabalho estabelecer algumas análises sobre o racismo no Brasil e suas expressões contemporâneas, a condição da mulher negra na sociedade de classes e os desafios no acesso a políticas de saúde, bem como o posicionamento do Serviço Social a partir do Projeto Ético-Político na viabilização e acessibilidade da Mulher Negra à PNSIPN, em particular a Saúde Reprodutiva. A metodologia proposta por este estudo, é uma análise qualitativa da política de saúde da população negra e suas contradições. Justifica-se aqui que o racismo está implícito nas formas de organização social do trabalho e se faz presente nas forças sociais em disputa, o racismo é uma poderosa forma de dominação, pois assume o controle, a administração, a segregação e até o silenciamento e o confinamento.

PALAVRAS-CHAVES: Serviço Social; Saúde Reprodutiva da Mulher Negra; Direito à Saúde.

Biografia do Autor

Tatiane Farias da Rosa Silva, Universidade Federal Fluminense.

Graduação em Enfermagem na Universidade Salgado de Oliveira (2013-2017). Graduação em Serviço Social na Universidade Federal Fluminense (2013-2020). Acadêmica Bolsista do Programa de Estágio Não-Curricular da Prefeitura do Rio de Janeiro (SMS-Rio2016). Participante do grupo de Estudo e Pesquisa sobre Questão Racial e Serviço Social - GEPEQSS.

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Publicado

2020-03-15

Como Citar

Farias da Rosa Silva, T. (2020). Política social e democratização direito à saúde: equidade do acesso a mulheres negras a reprodução. Serviço Social Em Debate, 2(1). Recuperado de https://revista.uemg.br/index.php/serv-soc-debate/article/view/3911