Política de Drogas e de Saúde Mental: avanço proibicionista e desafios atuais

Autores

Resumo

Este artigo tem o intuito de problematizar a política de drogas e de saúde mental diante de um retrocesso moral e político no que concerne às respostas governamentais as pessoas em sofrimento mental e aos usuários de drogas no Brasil. Para tanto, o presente artigo contextualiza o histórico da loucura brasileira, desde o enclausuramento, a reforma psiquiátrica e retrocessos atuais. O avanço proibicionista às drogas pode criminalizar os sujeitos e apresenta retrocessos na conquista da política de drogas e de saúde mental.

Biografia do Autor

Marcilea Tomaz, Universidade Federal de Juiz de Fora

Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2016). Especialização na modalidade de residência multiprofissional em Saúde Mental pelo Hospital Universitário / UFJF (2018). Especialista em relações de gênero e sexualidade: perspectivas interdisciplinares da Universidade Federal de Juiz de Fora, UFJF, Brasil (2019). Mestranda em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora (Previsão de Término 2021). Bolsista UFJF. Pesquisadora do GEDIS / CNPq / UFJF, coordenada pelo Prof. Dr. Marco José de Oliveira Duarte. Atua nas seguintes áreas: Serviço Social, saúde coletiva, saúde mental, álcool e outras drogas.

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Publicado

2021-07-02

Como Citar

Tomaz, M. (2021). Política de Drogas e de Saúde Mental: avanço proibicionista e desafios atuais. Serviço Social Em Debate, 3(2). Recuperado de https://revista.uemg.br/index.php/serv-soc-debate/article/view/4907