PARA ALÉM DAS PÁGINAS POLICIAIS: DISPUTAS DISCURSIVAS ACERCA DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES

Camila Welikson

doi:10.36704/ssd.v6i2.7561

Autores

Camila Welikson PUC-Rio

DOI:

https://doi.org/10.36704/ssd.v6i2.7561

Palavras-chave:

violência contra mulheres, movimento feminista, imprensa

Resumo

Este trabalho analisa a forma como notícias relacionadas à violência contra as mulheres foram apresentadas no final dos anos setenta e início dos anos oitenta, quando o tema ganhou relevância como pauta do movimento feminista da segunda onda. Nosso objetivo foi mostrar como as ativistas influenciaram o discurso midiático e mudaram a produção noticiosa. A partir da análise de matérias publicadas no Jornal do Brasil sobre os assassinatos de três mulheres propomos uma reflexão sobre a relação entre feministas e jornalistas. Utilizamos na pesquisa os estudos de Foucault sobre poder e o conceito de valores-notícia das teorias de jornalismo. Também utilizamos a definição de meio disruptivo para acesso ao campo jornalístico como forma estratégica das ativistas para ganhar atenção da mídia. Além disso, realizamos entrevistas com líderes do movimento feminista do período para compreender, a partir de suas memórias, como se deu sua relação com a imprensa.

Biografia do Autor

Camila Welikson, PUC-Rio

Formada em Jornalismo e em História pela PUC-Rio. Doutora em Comunicação Social pela PUC-Rio e Mestre em Estudos de Mídia pela Universidade Nova de Lisboa. Estuda a relação entre movimentos feministas e imprensa no Brasil no século XX. Possui pesquisa sobre produção de notícias em ambientes de conflito. Há quinze anos atua na área de Educação, com experiência em Educação a Distância e Educação Continuada. Atualmente é Coordenadora Acadêmica do Programa Universidade para Todos (ProUni)/PUC-Rio.

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Todas as matérias citadas estão disponíveis na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional e foram acessadas em 16/02/2023.

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