“LIVRES COMO PÁSSARAS”? ACUMULAÇÃO PRIMITIVA, CAÇA ÀS BRUXAS E A EXPROPRIAÇÃO MISÓGINA

Autores

  • Silvana Marinho Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.

DOI:

https://doi.org/10.36704/ssd.v6i2.7568

Palavras-chave:

Acumulação Primitiva., Caça Às Bruxas, Misoginia

Resumo

A tese da guerra às mulheres, pela analítica da caça às bruxas, como um processo de natureza histórica, estrutural e permanente do mundo moderno, é explorada neste artigo com base no trabalho da historiadora italiana Silvia Federici. A violência de gênero precisa ser compreendida à luz dos processos históricos reais, como a invenção da bruxa da Era Moderna que arregimentou na “bruxa” todas as facetas do feminino insubordinado que segue resistindo à opressão-exploração.

Biografia do Autor

Silvana Marinho, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.

Graduada (UFRJ, 2009), mestra (UERJ, 2017) e doutoranda em Serviço Social (UFRJ), além de especialista em Políticas Públicas e Cultura de Direitos (NEPP-DH/UFRJ, 2016) e em Gênero e Sexualidade (IMS/UERJ, 2011). Atualmente é pesquisadora associada do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM/IMS/UERJ), integrando o Núcleo Acadêmico UERJ/Programa Rio Sem LGBTIfobia como Coordenadora da Área de Acompanhamento Técnico e Monitoramento dos Centros de Cidadania LGBTI+. Também colabora no Laboratório Interdisciplinar de Estudos e Intervenção em Gênero (LIEIG/ NEPP-DH UFRJ). É membra da Comissão Temática Gênero, Etnia e Diversidade Sexual (GEDS-CRESS/RJ), conselheira suplente no Conselho Estadual LGBTI/RJ e compõe duas comissões de instrução de processo ético no CRESS/RJ. Atuou como Professora Substituta na Escola de Serviço Social da UNIRIO (2019-2020) e realizou Estágio Docente na FSS/UERJ (2016) na Disciplina de Ética Profissional (profa. Valéria Forti). Foi Assistente Social do Centro de Cidadania LGBT/Niterói - Programa Rio sem Homofobia, desde a sua implantação (2012-2015), e, ao longo de sua trajetória profissional, prestou assessoria/consultoria à projetos e programas sociais; trabalhou com educação em saúde sexual e reprodutiva; bem como com análise de indicadores sociais e elaboração de diagnósticos socioeconômicos. Possui experiência como pesquisadora, docente e consultora nas seguintes áreas: Serviço Social e formação profissional; trabalho e questão social; relações de gênero e sexualidade; adolescências e juventudes; patriarcado, feminismos e marxismo; políticas púbicas, direitos humanos e violência de gênero. No mestrado acadêmico dissertou sobre juventudes trans e trabalho. No doutorado, seus estudos atuais se debruçam na tematização identidades trans, cidadania e violência de gênero, e na reflexão teórico-política das relações estruturais de gênero, raça/etnia e classe.

Referências

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Publicado

2024-04-13

Como Citar

Marinho, S. (2024). “LIVRES COMO PÁSSARAS”? ACUMULAÇÃO PRIMITIVA, CAÇA ÀS BRUXAS E A EXPROPRIAÇÃO MISÓGINA. Serviço Social Em Debate, 6(2). https://doi.org/10.36704/ssd.v6i2.7568