Processo de medicalização por Metilfenidato em crianças e adolescentes com TDAH: um estudo qualitativo com mães

Autores

• Maycon Hoffmann Cheffer Centro Universitário Assis Gurgacz - FAG
• Luana Patricia Weizemann Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz - FAG
• Samara Dos Santos França Centro Universitário Assis Gurgacz - FAG
• Juliani Maltezo Trespach Centro Universitário Assis Gurgacz - FAG
• Gabrieli Patricio Rissi Universidade Estadual de Maringá - UEM
• Maria Aparecida Salci Universidade Estadual de Maringá - UEM
• Ieda Harumi Higarashi Universidade Estadual de Maringá - UEM

DOI:

https://doi.org/10.36704/cipraxis.v21i36.8169

Palavras-chave:

Metilfenidato, Medicalização, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

Resumo

Introdução: O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição do neurodesenvolvimento que se apresenta na infância através da tríade de sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade. No contexto brasileiro, há uma crescente preocupação devido ao elevado número de diagnósticos de TDAH, associado a um notável aumento na comercialização de Cloridrato de Metilfenidato para tratamento. Objetivo: Descrever o processo de medicalização infantojuvenil em crianças com TDAH na perspectiva materna. Métodos: Estudo descritivo de abordagem qualitativa ancorado no referencial teórico do pensamento complexo. Participaram 11 mães de crianças e adolescentes com TDAH e em uso de Metilfenidato. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas gravadas em áudio e foram analisadas seguindo as etapas iniciais da Teoria Fundamentada nos Dados com o auxílio do software MAXQDA. Resultados: O processo de medicalização é explicitado pela categoria: Implicações diante do diagnóstico, prescrição e consumo de Metilfenidato que se desdobra nas subcategorias: o diagnóstico de TDAH: reações maternas; neuropediatra prescrevendo metilfenidato entre a 1° e 2° consulta; consumindo Metilfenidato apenas no ambiente escolar; professora administrando Metilfenidato; consumindo Metilfenidato todos os dias; percebendo resultado satisfatório ao uso de Metilfenidato e tratamento ininterrupto. Conclusão: A medicalização impacta significativamente na vida das mães, que enfrentam desafios relacionados ao diagnóstico e uso do Metilfenidato. Fazem parte desse processo complexo neuropediatras e professores. Essa pesquisa contribui para a compreensão da medicalização, ressaltando a importância de intervenções mais abrangentes e adequadas às necessidades das crianças e suas famílias. 

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