UM RELATO SOBRE A TRAJETÓRIA DA MULHER NEGRA NO BRASIL:
proposições decoloniais para um percurso antirracista e de empoderamento feminino
DOI:
https://doi.org/10.36704/eef.v28i54.8364Palavras-chave:
Decolonialismo. Eletiva. Estereótipos. Mulher negra.Resumo
O texto descreve uma prática educacional focada na promoção da igualdade racial e de gênero, numa perspectiva decolonial. A disciplina "Trajetória da mulher negra no Brasil" teve como meta o combate ao racismo e à misoginia, iniciado em 2018, com o projeto "Cuide-se". As atividades incluíram leitura de artigos, debates, produção de bonecas Abayomi, ensaios fotográficos e visitas a uma comunidade quilombola. O objetivo foi contribuir para uma educação antirracista, destacando trajetórias de mulheres negras e promovendo debates sobre padrões de beleza. A prática abordou a Lei n.º 10.639/2003, enfatizando a importância de desconstruir a visão eurocêntrica nos currículos. Atividades como árvore genealógica decolonial e produção de poemas contribuem para o empoderamento dos alunos, promovendo a conscientização sobre a cultura afro-brasileira. Assim, a prática constitui-se num esforço para suscitar a igualdade racial e de gênero, empoderando os estudantes e desafiando estereótipos por meio de uma abordagem educacional abrangente e consciente.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Silvio. A construção social da raça. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2019.
ARROYO, Miguel. Currículo, território em disputa. Petrópolis: Vozes, 2011. 374 p.
BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira
de Ciência Política, Brasília, n. 11, p. 89–117, 2013. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbcpol/a/DxkN3kQ3XdYYPbwwXH55jhv/# . Acesso em: 10
jun. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n.º 510, de 7 de abril de 2016. Brasília, DF. 2016. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2016/res0510_07_04_2016.html. Acesso em: 5 jan. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n.º 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 112, p. 59-62, 13 jun. 2013. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em: 5 jan. 2024.
BRASIL, Ministério da Educação/Secad. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica. 2004.
BRASIL. Lei nº. 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Inclui a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo oficial da rede de ensino. Diário Oficial da União, Brasília, 2003.
BRUNER, Jerome. Atos de significação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
CHERVEL, André. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação, v. 2, n. 2, p. 177-229, 1990.
CAMPOS, Vicente Falconi . O verdadeiro poder. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda., 2009.
EVARISTO, Conceição. Becos da memória. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2013
GOMES, Nilma Lino. Sem perder a raiz: Corpo e Cabelo como símbolo de identidade negra. 2. ed. Belo Horizonte. Autêntica, 2008a.
GOMES, Nilma Lino. A questão racial na escola: desafios colocados pela implementação da
Lei n.º 10.639/03. In: MOREIRA, Antônio Flávio; CANDAU, Vera Maria Candau (org.). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2008b.
GOMES, Nilma Lino. Relações Étnico-Raciais, Educação e Descolonização dos Currículos. Currículo sem Fronteiras, v. 12, n. 1, p. 98-109, 2012.
HERMANN, Nadja. Ética & educação: outra sensibilidade. Autêntica, 2017.
MADDOX, Cleberson Diego Gonçalves. Decolonização do pensamento em arte e educação. 2021. 278 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2021.
MOREIRA, Adilson. O que é racismo recreativo? São Paulo: Editora Brasiliense, 2015.
ORLANDINI, Rômulo. Fraudes e enganos na história da ciência. Com Ciência. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, Campinas, n. 147, 10 abr. 2013. Disponível em: http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542013000300003&lng=en&nrm=iso&tlng=en. Acesso em 5 jan. 2024.
QUIJANO, Aníbal (2000). “Colonialidad del poder y clasificación social”.Journal of world-systems research, v. 11, n. 2, p. 342-386. (2005). Colonialidad y modernidad-racionalidad. Disponível em: https://www.scielo.br/j/dados/a/QmHJT46MsdGhdVDdYPtGrWN/?lang=pt. Acesso em: 16 mai. 2022. DOI: https://doi.org/10.5195/jwsr.2000.228
SANTOMÉ, Jurjo Torres. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. p. 159-177.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. Aprender, ensinar e relações: aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. Educação, p. 489-506.
SOUSA, Devaneide Barbosa de. A formação docente na licenciatura em matemática da UFG: a colonização/decolonização do conhecimento no currículo na perspectiva das relações étnico-raciais. 2020. 185 f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2020.
VERGÈS, Françoise. Um feminismo decolonial. Ubu Editora, 2020.
VIEIRA, Fernanda. Desencontros e descaminhos de uma pesquisa sociológica em um hospital público. In: FLEISCHER, Soraya.; SCHUCH, Patrice. (org.). Ética e regulamentação na pesquisa antropológica. Brasília: Letras Livres e Editora da UnB, 2010. p. 127-140. DOI: https://doi.org/10.26512/9788598070247.c6
WALSH, Catherine. Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial: in-surgir, reexistir e re-viver. In: CANDAU, Vera Maria Ferrão (org.). Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009. p. 12-42.
WALSH, Catherine; OLIVEIRA, Luiz Fernandes; CANDAU, Vera Maria. Colonialidade e pedagogia decolonial: Para pensar uma educação outra. Arquivos Analíticos de Políticas educativas, Arizona, v. 26, n. 83, p. 02-16, 26 de junho de 2018. DOI: https://doi.org/10.14507/epaa.26.3874
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.











