Um relato de experiência sobre movimentos sociais e arquivos
mulheres e suas memórias de luta
Palavras-chave:
Movimentos Sociais, Memória, mulheres, ArquivosResumo
Este relato de experiência é fruto dos resultados obtidos a partir da realização do V Encontro Nacional de Arquivos e Movimentos Sociais, que ocorreu como um Encontro Paralelo no IX Congresso Nacional de Arquivologia. Tal proposta consistiu em dar continuidade aos diálogos que, a partir das experiências das pessoas, dos Movimentos Sociais e dos estudiosos em diferentes áreas do conhecimento, permite-nos, compreendendo os documentos como artefato cultural que classifica sujeitos e conhecimentos, estabelecendo direitos e deveres, mapear e diagnosticar as tensões, demandas, atores e objetos, que viabilize estratégias de interlocução do campo dos Arquivos com os Movimentos Sociais em suas múltiplas possibilidades. A proposta teve como objetivo principal a ampliação dos diálogos com a sociedade, em especial com os Movimentos Sociais, na consolidação das funções sociais dos Arquivos, sobretudo decorrentes de suas dimensões burocráticas que nos permitem levar a efeito as obrigações administrativas dos poderes públicos, cobrando-lhes inclusive qualidade, eficiência e eficácia, mas também dar visibilidade aos profissionais que, com suas responsabilidade técnicas de gestão de documentos, são fundamentais na viabilização do exercício pleno e diferenciado das cidadanias e de uma sociedade mais justa e consciente. Para isso, estabeleceu-se uma discussão composta pela mesa, pelas entrevistadas e pelos participantes presentes. Considerando que os Movimentos Sociais caracterizam-se, predominantemente, pela informalidade, e sendo os documentos, os arquivos e os arquivistas ignorados enquanto instrumentos obrigatórios em nossas práticas de organização do Estado, como contribuir para a construção de uma consciência sobre as vantagens de termos um maior entendimento da lógica de funcionamento da burocracia estatal e assim como um maior cuidado com os documentos enquanto instrumentos garantidores de nossas cidadanias, de políticas públicas mais efetivas e mais próximas de nossas realidades com base em informações que, produzidas pela própria administração pública, revestem-se de uma credibilidade social que, embora inconsciente, entendemos como fé pública.
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