Design para emoção: infância, brinquedos e inclusão
DOI:
https://doi.org/10.36704/pensemdes.v2i2.6781Resumen
Compreendemos que o Design atua na construção de formas simbólicas que moldam o mundo à nossa volta, refletindo na identidade do sujeito, ou seja, quem somos ou quem queremos ser. Dentro deste contexto, apontamos para a relação entre design e infância pelo viés do design de brinquedos. Observamos que o próprio conceito de infância está intimamente ligado aos brinquedos e que estes auxiliam no desenvolvimento social e cognitivo das crianças. Apontamos também para a conexão entre os brinquedos, a infância contemporânea e o consumo, na qual o papel da criança enquanto ator social é assegurado por meio deste. Entretanto, entendemos que os brinquedos, enquanto objetos de design, atuam para além das fronteiras do consumo, podendo ser compreendidos como materializações de ideias e convicções que nos “treinam” para o meio social em que nos encontramos, podendo gerar impactos positivos ou negativos frente aos grupos estigmatizados dentro da sociedade. Desta forma, o presente artigo buscou discutir as intercessões entre Design, emoções, infância e inclusão por meio do design de brinquedos.
Citas
AYRES, J. Sensory integration and child: understanding hidden sensory challenges. Los Ageles:Western Psychological services, 2005. [Edição de 25th anniversary].
BAUMAN, Zigmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
BAXTER, Mike. Projeto de produto: guia prático para o design de novos produtos. São Paulo: Blucher, 2015.
BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Duas Cidades, 2002.
BULLIVANT, F. F.; WOODS, S. Autism and eating disorders in teens: a guide for parents and professionals. London: Jessica Kingsley Publishers. 2020.
CHIAROTTI, F.; VENEROSI, A. Epidemiology of autism spectrum disorders: a review of worldwide prevalence estimates since 2014. Brain Sciences, v. 10, n. 5, 2020. Disponível em: https://www.mdpi.com/2076-3425/10/5/274. Acesso em 05 dez. 2021. DOI: https://doi.org/10.3390/brainsci10050274
COOK, Daniel. ‘Beyond either/Or’. Journal of Consumer Culture, v.7, n.4, p. 147–53. 2004. DOI: https://doi.org/10.1177/1469540504043678
COOK, Daniel. The commodification of childhood: The Children’s Clothing Industry and the Rise of the Child Consumer. Durham, NC: Duke University Press. 2004. DOI: https://doi.org/10.1515/9780822385431
COOK, Daniel. The dichotomous child in and of commercial culture. Childhood.v. 12, n. 2, p. 155-159, 2005. DOI: https://doi.org/10.1177/0907568205051901
COTRIM, Michelle de Alvarenga Pinto. Design e bem-estar: contribuições do design positivo para crianças dentro do transtorno do espectro autista. 2021, 177f. Tese (Doutorado em Design) – Universidade do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2021.
ELLIOT, Richard; DAVIES, Andrea. Symbolic Brands and Authenticity of Indentity Performance. In: SCHOROEDER, Jonathan; SALZER-MÖRLING, Míriam (org.) Brand Culture. Oxon: Routledge, 2006.
FEATHERSTONE, Mike. Cultura de consumo e pós-modernismo. Trad. Júlio Assis Simões. São Paulo: Studio Nobel,1995.
FROEBEL, F. Brief history of the kindergarten. Disponível em: http://www.froebelgifts.com. Acesso em: dez. 2013.
G1 GLOBO.COM. Barbie ganha novas formas de corpo, tons de pele e cores de olhos (2016). Disponível em: http://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2016/01/barbie-ganha-novas-formas-de-corpo-tons-de-pele-e-cores-de-olhos.html. Acesso em 29 jan. 2016.
HAYO, S. et al. Basic and complex emotion recognition in children with autism: cross-cultural findings. Molecular Autism, v. 7, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s13229-016-0113-9. Acesso em 13 set. 2018. DOI: https://doi.org/10.1186/s13229-016-0113-9
JIMENEZ, S., POHLMEYER, A. E., DESMET, P. M. A. Learning from the positive: a structured approach to possibility-driven design. In: SALAMANCA, J. et al. (Eds.). Proceedings of Colors of Care: The 9th International Conference on Design & Emotion, 2014. p. 607-615.
KAPLAN, Sarah. The true, tangled tale of the teddy bear, Theodore Roosevelt abd the resurgence of a threatened species. The Washington Post, Whashington, 11 mar. 2016. Disponível em: https://www.washingtonpost.com/news/morning-mix/wp/2016/03/11/the-true-tangled-tale-of-the-teddy-bear-theodore-roosevelt-and-the-resurgence-of-a-threatened-species/. Acesso em 13 set. 2018.
KOUO, J.; EGEL, A. The effectiveness of interventions in teaching emotion recognition to children with autism spectrum disorder. Review Journal of Autism and Developmental Disorders, v. 3, p. 254- 265, 2016. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s40489-016-0081-1. Acesso em 13 set. 2018. DOI: https://doi.org/10.1007/s40489-016-0081-1
MEFANO, Ligea. O design de brinquedos no Brasil: uma arqueologia do projeto e suas origens. 2005. 131f. Dissertação (Mestrado em Design) – Escola de Artes & Design, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.
COTRIM, Michelle A. P; RIBEIRO, Rita C. “Tá na hora de comer”: Design Positivo aplicado no desenvolvimento de jogo para crianças dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA). In: Nadja Maria Mourão, Ana Célia Carneiro Oliveira, Lucas da Silva Martinez (Org.). Brinquedos e cultura: aspectos interdisciplinares do brincar. 1. ed. Foz do Iguaçu: CLAEC e-Books, 2022. DOI: https://doi.org/10.23899/9786589284239.4
SUDJIC, Deyan. A linguagem das coisas. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2010.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação jogo e sonho. Jogo e representação. Rio de Janeiro: LTC, 2017.
PIAGET, Jean. A construção do real na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
PHOENIX, Woodrow. Plastic culture: how japanese toys conquered the world. Tokyo: Kodansha International, 2006.
O GLOBO. Artesã cria bonecas 'com vitiligo' e gera comoção nas redes sociais. O Globo, Rio de Janeiro, 27 de set. de 2017. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/artesa-cria-bonecas-com-vitiligo-gera-comocao-nas-redes-sociais-21877474. Acesso em: 27 de set. de 2017.
O POVO. Depois da Barbie, boneco Ken ganha variedade de corpos. Disponível em https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2017/06/nova-linha-barbie-fashionistas-apresenta-novidades-para-o-corpo-de-ken.html. Acesso em:??? jun., 2016.
SANDBERG, E.; SPRIZT, B. Breve guia para o tratamento do autismo. Tradução de Dayse Batista. São Paulo: M Books do Brasil, 2017.
SONG, Y.; HAKODA, Y. Selective impairment of basic emotion recognition in people with autism: discrimination thresholds for recognition of facial expressions of varying intensities. Journal of Autism and Developmental Disorders, v. 48, n. 6, p. 1886-1894, jun. 2018. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29274008. Acesso em: set. 2018. DOI: https://doi.org/10.1007/s10803-017-3428-2
TARBOX, J. et al. (Org.). Handbook of early intervention for autism spectrum disorders: research, policy, and practice. New York: Springer. 2014. [Autism and Child Psychopathology Series]. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4939-0401-3
TURKIGNTONT, C.; ANAN, R. The encyclopedia of autism spectrum disorders. New York: Facts on file, 2007.
ULJAREVIC, M.; HAMILTON, A. Recognition of emotions in autism: a formal meta-analysis. Journal of autism and developmental disorders, 2012. Disponível em: http://www.antoniahamilton.com/UljarevicHamilton_JADD_2012.pdf. Acesso em 13 set. 2018.
UMPHRED, Darcy. Reabilitação neurológica. Elsevier, 2009
YACK, E.; SUTTON, S.; AQUILA, P. Building bridges through sensory integration. 2. ed. Arligton: Future Horizons, 2002.
ZIMMER, D. A integração sensorial na intervenção terapêutica com crianças com transtorno de deficit de atenção/hiperatividade (TDAH). In: ROTTA, N.; BRIDI FILHO, C.; BRIDI, F. (Orgs.). Neurologia e aprendizagem: abordagem multidisciplinar. Artmed: Porto Alegre, 2016.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Pensamentos em Design
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Autores que publicam na Revista Pensamentos em Design concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Aceptado 2023-03-14
Publicado 2022-12-31