Livros cartoneros: feralidades latino-americanas
DOI:
https://doi.org/10.36704/pendes.v3i2.8667Palabras clave:
feralidade, feralcartonera, antropoceno, design, livroResumen
Desde a aparição da primeira cartonera na Argentina, Eloisa Cartonera, muitos outros núcleos cartoneros se formaram e desapareceram no mundo, principalmente na América Latina. Os núcleos cartoneros, ao apresentarem outro modo de produzir rompendo com a lógica de produção capitalista do mercado editorial hegemônico, nos encaminha para uma outra forma de vida possibilitando o florescimento de outros mundos, construindo um espaço de comprometimento com outras vozes e histórias. A fim de compreender esse fenômeno, buscamos relacionar essa prática à ideia de fera, baseada na perspectiva do projeto Feral Atlas, desenvolvido pela antropóloga Anna Tsing. No projeto, o termo feral está relacionado aos eventos que emergiram por meio de projetos humanos, mas que não são controlados por eles. Desta forma, a feralidade cartonera estaria relacionada à resistência aos cânones editoriais modernos e à potência de contaminação e formação de novos núcleos criando outras epistemologias e visualidades. A proliferação de livros cartoneros pela América Latina acaba por criar uma identidade latino-americana.
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