No meio do caminho, o rejeito: as problemáticas da mineração no contexto das catástrofes de Mariana e Brumadinho
DOI:
https://doi.org/10.35507/25256041/reis.v5i6.5332Palavras-chave:
rejeitos de mineração, movimentos sociais , progresso, DrummondResumo
Embora os conflitos entre os interesses do setor de mineração no país e o bem-estar e os direitos das populações que habitam os territórios por ele explorados não sejam novidade, o rompimento da barragem de Fundão em Bento Rodrigues, em 2015, e o da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 2019, refletem uma intensificação desses antagonismos. Nesse contexto, sugere-se que a compreensão dessa problemática — cujas implicações catastróficas constituem a contraparte do progresso qualificado por Drummond como “Infatigável” — não pode prescindir de seu enquadramento na dinâmica econômica global, em que as grandes corporações do setor atuam para compensar a tendência de queda das taxas de lucro por meio do aumento da produtividade e da redução dos custos de operação no cenário de pós-boom das commodities minerais a partir de 2012. Em contrapartida, acentuam-se também, frente a esse cenário, as forças coletivas de resistência, com a expansão seja de movimentos sociais de atingidos pela mineração seja de uma parcela crítica da comunidade científica, que tentam fazer frente ao avanço desenfreado do capital que nos arrasta consigo rumo ao colapso socioambiental.
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