PROTEÇÃO TEM COR: PROBLEMATIZANDO O ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NEGROS
DOI:
https://doi.org/10.36704/ssd.v5i1.6236Palavras-chave:
Proteção. Racismo. Acolhimento institucional. Crianças. Adolescentes.Resumo
Este artigo analisa aspectos históricos e contemporâneos do acolhimento institucional como forma de proteção de crianças e adolescentes. Com base nas análises da institucionalização do período pós escravização ao pós promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, as autoras problematizam como o discurso de proteção colabora de maneira perversa para o silenciamento, fragilização e rompimentos de vínculos de famílias pobres e negras, em sua maioria. As autoras observam que, ainda hoje, o conceito de proteção é utilizado de modo diferenciado quando se trata de crianças de cor/raça negra. Valendo-se da desqualificação dessas famílias, produzem-se subjetividades vulneráveis e passíveis de intervenções. O artigo conclui que a atual política de acolhimento institucional reflete uma continuidade, daquelas com caráter racista, higienista e de controle, adotadas desde o início do século XX.
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