O CORPO DA TRABALHADORA E A “IGUALDADE DE OPORTUNIDADES” NO CAPITALISMO

Resumen

O presente texto tem como fio condutor, primeiramente, a captura do modus operandi do capital para explorar o corpo do trabalhador, em que a contraposição cabeça e mãos encontra seu coroamento na exploração do corpo da trabalhadora de procedência negra. No segundo momento, observa-se como a ideologia da “igualdade de oportunidades” tenta obliterar a constituição duma efetiva igualdade substancial entre os gêneros no interior de um sistema hierarquicamente estruturado para controlar ubiquamente a força de trabalho. Desse modo, busca-se entender como a opressão à mulher penetrou o seu corpo mediante um complexo de mediações ideológicas regulamentadas na perspectiva de aprofundar a apropriação do tempo de trabalho excedente. Para analisar o processo de reificação que inscreve a subjetividade e a corporeidade feminina no modo de produção capitalista, recorrer-se-á aos empréstimos teóricos oferecidos por Heleieth Saffioti (1976), Karl Marx (1985) e István Mészáros (2011).