Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo.

Autores

  • Wanderley Ruan Gomes Debian UEMG
  • Douglas Tomácio Lopes Monteiro UEMG, UFSJ
  • Ana Paula Pedroso UEMG

Resumo

Compreendendo a contribuição da obra freireana para a legítima formação de educadores e educadoras enquanto agentes ativos no processo de desestruturação do neoliberalismo, este texto busca discutir a ressignificação do ser docente frente as dificuldades do século XXI. Para tanto, como análise central, adotamos a obra “Pedagogia do Oprimido”, a qual, em diálogo com outras produções do patrono da educação brasileira, permite-nos apontar para a educação e seus sujeitos sob uma ótica que, aprofundada e relacional, compreende o neoliberalismo como problema capital. Este, como premissa a sustentá-lo, volta-se com obliterada e desumanizadora perspectiva aos sujeitos educativos e à educação enquanto empreendimento formador e estruturante da realidade social. Nesse sentido, defendemos, enquanto o neoliberalismo e suas estruturas fundantes prefigurarem como resposta de construção societária, Paulo Freire e toda sua vasta obra proporcionarão análises contemporâneas e profícuas acerca da educação e das relações nela engendradas.

Biografia do Autor

Wanderley Ruan Gomes Debian, UEMG

Graduando em Pedagogia, pela universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), é educador social (Associação de Capoeira Filhos de Nzambi), pesquisador do grupo de pesquisa "José Carlos Mariátegui" (UEMG) e integrante do "Coletivo Juntos!".

Douglas Tomácio Lopes Monteiro, UEMG, UFSJ

Mestre em educação pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), é especialista em docência e gestão do ensino superior, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), graduado em pedagogia pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e em história, bacharelado e licenciatura, também pela PUC-MG. Perpassou pela graduação em letras/língua inglesa na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), esta interrompida. Profissionalmente, atuou como professor e pedagogo, nas redes pública e privada de ensino (nos âmbitos médio, fundamental I e II, e infantil); como educador social, em espaços não escolares; como tutor em EaD, em curso de aperfeiçoamento para professores. Atualmente, para além das atividades de pesquisa e da educação social, dedica-se à docência no âmbito da graduação e pós-graduação em Educação.

Ana Paula Pedroso, UEMG

Professora da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), no Departamento de Educação e Ciências Humanas (DECH), no curso de Pedagogia da Unidade Ibirité. Possui Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2002), Mestrado em Ciências da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008) e Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2015). Tem experiência em Educação, sobretudo na formação docente. Atua na formação continuada de professores da educação básica, na Educação Infantil e na Educação de Jovens e Adultos. Pesquisa e publica na área de Educação, com ênfase em Educação de Jovens e Adultos, abordando a formação docente e a escolarização de jovens e adultos.

Referências

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Publicado

11-12-2019

Como Citar

Gomes Debian, W. R., Monteiro, D. T. L., & Pedroso, A. P. (2019). Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo. Revista Interdisciplinar Sulear, (1). Recuperado de https://revista.uemg.br/index.php/sulear/article/view/4370

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Artigos