Literatura indígena infantil e juvenil
estratégia antirracista na Educação Escolar Indígena
DOI:
https://doi.org/10.36704/sdhe.v8i1.9590Palavras-chave:
Literatura infantil e juvenil indígena , Racismo , Educação escolar indígena , Professores(as) guaraniResumo
O artigo apresenta pesquisa realizada na área da educação com o objetivo de analisar a resistência e luta antirracista atravessada pela literatura indígena infantil e juvenil em relatos de professores/as indígenas, desenvolvida na Escola Indígena de Educação Básica (EIEB) Itaty, em Santa Catarina. Constitui-se como pesquisa-ação com entrevistas inicial/final e cinco encontros de rodas de conversa com professores/as. Para analisar os dados, nos orientamos a partir de Aguiar e Ozella (2013) nos Núcleos de Significação (NS). O referencial teórico se amparou em Walsh (2009; 2019), Candau e Russo (2010), Dorrico et al. (2020), Potiguara (2023) para pensar a perspectiva intercultural, bem como a literatura indígena e sua reflexão. Reflete-se o sujeito indígena considerado “menor” pela estrutura colonizadora, constituído e representado como alguém com marcas da violência, por outro lado, o livro literário indígena estabelece novo status na escola indígena, contribuindo na luta pelos direitos e pela afirmação positiva das identidades.
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