A resistência das joias de crioula para um ensino de Química antirracista
DOI:
https://doi.org/10.36704/sdhe.v8i2.9646Palavras-chave:
Ensino de Química Antirracista; Mulheres Negras; Joias de Crioula;Resumo
A presente pesquisa tem como objetivo analisar as contribuições de uma intervenção didática afrocentrada para promoção da Educação Antirracista no ensino de Química: “a química das joias de crioula e o empoderamento das mulheres negras brasileiras”, realizada com 30 estudantes de uma escola pública de ensino médio de Manaus. Foram realizadas visitas a exposições virtuais sobre a história e cultura africana e afro-brasileira, possibilitando aos estudantes o contato com a nossa própria história. A pesquisa possibilitou a aprendizagem dos processos químicos envolvidos na confecção e identificação de joias contextualizando com a histórias das mulheres de ganho possibilitando desconstrução da imagem estereotipada da hipersexualização e objetificação do corpo das mulheres negras no Brasil, bem como o conhecimento e o reconhecimento das primeiras trabalhadoras brasileiras, revelando as contradições e a opressão do sistema de exploração capitalista racista que ainda escraviza, mata e violenta as mulheres negras brasileiras.
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