Saberes indígenas, saberes selvagens
por uma educação infantil antirracista
DOI:
https://doi.org/10.36704/sdhe.v8i2.9647Palavras-chave:
Educação, Práticas pedagógicas antirracistas, Saberes indígenasResumo
Este artigo propõe reflexões sobre práticas pedagógicas antirracistas na educação infantil, valorizando os saberes indígenas — ou saberes selvagens — como eixos para compreender a diversidade das civilizações indígenas. A investigação emerge a partir da compreensão da minha própria prática docente, por meio da revisitação crítica de documentos pedagógicos produzidos em 2023, durante um projeto educativo em uma escola pública do interior de São Paulo, alinhado à Lei nº 11.645/2008. O trabalho, centrado em crianças de 4 a 6 anos, articula-se às perspectivas contracoloniais e à pesquisa narrativa como abordagem teórico-metodológica, utilizando metáforas selvagens para analisar as experiências. Fundamenta-me nos pensamentos de autores indígenas como Daniel Munduruku, Ailton Krenak e Geni Núñez, destacando a insurgência de epistemologias não hegemônicas na desconstrução de racismos e na reinvenção de práticas educativas decoloniais.
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