A Modernidade
uma narrativa a serviço do colonialismo
DOI:
https://doi.org/10.36704/sdhe.v8i2.9668Palavras-chave:
Colonialidade, Decolonialidade, Epistemologias, AfrocentricidadeResumo
Este ensaio discute a Modernidade em seus aspectos ideológicos, como uma narrativa cujo enredo se desenvolve a partir de uma concepção evolucionista e a situa como ápice da experiência humana a justificar os empreendimentos coloniais europeus. Analisa a partir de autores como Quijano (2005) e Mignolo (2017), são discutidos a importância de conceitos como os de colonialidade e decolonialidade, bem como a dependência da empresa colonial de uma epistemologia eurocentrada e suas exigências de monopólio da razão, sustentada pela suposta neutralidade dos métodos científicos. Considera-se a relação entre o conhecimento e a divisão dos seres humanos em raças, fundamento do escravismo, base das forças produtivas da empresa colonial. Como resultados, o trabalho aponta as contribuições possíveis do conceito de afrocentricidade e das epistemologias etnizadas produzidas por aqueles que vivem às margens.
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