Representações sociais sobre educação étnico-Racial entre professores do ensino fundamental de Soure, Marajó
direito ao trabalho e à educação em perspectiva intercultural e decolonial
DOI:
https://doi.org/10.36704/sdhe.v8i2.9676Palavras-chave:
educação para as relações étnico-raciais, representações sociais, interculturalidade, escola, DescolonizaçãoResumo
O objetivo deste estudo é analisar as representações sociais sobre educação étnico-racial entre professores do ensino fundamental de Soure/Arquipélago do Marajó/Pará. Trabalhamos com uma abordagem quanti-qualitativa com questionário e entrevista com dezesseis professores/as do ensino fundamental. Aplicamos a técnica de evocação de palavras a fim de construir mapas mentais. As amarras socioculturais, políticas e institucionais que engessam nossos modos de vida nos padrões europeus como referência, atravessam o campo educacional num ciclo recursivo, entre sociedade e escola, em que a comunidade escolar pode ser reprodutora de relações sociais marcadas pelo racismo. Ficou evidente que se trata de um processo dinâmico e contínuo de rupturas e radicalização das lutas no interior da escola. A obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana não determina por si só a concretização da educação para as relações étnico-raciais e requer um envolvimento coletivo de tensionamento e subversão das culturas preteridas na escola.
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