Movimento Indígena e Educação
Entre a Resistência e o Reconhecimento
DOI:
https://doi.org/10.36704/sdhe.v8i2.9697Palavras-chave:
Movimento indígena, História indígena, ProtagonismoResumo
O artigo destaca a vitalidade e diversidade dos povos indígenas no Brasil, ressaltando sua atuação política e os desafios enfrentados. Inicia com uma análise do protagonismo indígena no cenário nacional desde a década de 1960, essencial para compreender o movimento indígena atual e a obrigatoriedade do ensino de suas histórias e culturas nas escolas (Lei 11.645/2008). Em seguida, aborda a Nova História Indígena, demonstrando que a agência indígena influencia a história desde a colonização. O terceiro eixo discute os sistemas de saberes indígenas, que desafiam concepções ocidentais sobre consciência histórica. Por fim, apresenta a crítica de Gersen Baniwa à ciência acadêmica e defende a inclusão equitativa das vozes indígenas nesses espaços. O texto convida à reflexão sobre a necessidade de reconhecer e valorizar esses conhecimentos na sociedade.
Referências
ALFRED, T.; CORNTASSEL, J. Being Indigenous: Resurgences against Contemporary Colonialism. Government and Opposition, [s. l.], v. 40, n. 4, p. 597–614, 2005. https://doi.org/10.1111/j.1477-7053.2005.00166.x.
ALMEIDA, M. R. C. de. Metamorfoses indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Ed. FGV, 2013.
ALMEIDA, M. R. C. de. Os índios na história do Brasil no século XIX: da invisibilidade ao protagonismo. Revista História Hoje, [s. l.], v. 1, n. 2, p. 21–39, 2012. https://doi.org/10.20949/rhhj.v1i2.39.
APOLINÁRIO, J. R.; SOUZA, A. C. B. Diálogos interdisciplinares entre Fontes Documentais e Pesquisa Histórica. João Pessoa: Eduepb, 2011. Disponível em: https://livrarialupa.com.br/index.php?route=product/product&product_id=1843&srsltid=AfmBOoqWtNb0YAB-gANKAEduwp2WpxWQMf8qSgpYcANXx_RdTEbg1Zk2. Acesso em: 31 mar. 2025.
BANIWA, G. L. Movimentos e políticas indígenas no Brasil contemporâneo. Tellus, [s. l.], , p. 127–146, 21 nov. 2014. https://doi.org/10.20435/tellus.v0i12.136.
BARRETO, J. P. L. Kumuã na kahtiroti-ukuse: uma “teoria” sobre o corpo e o conhecimento-prático dos especialistas indígenas do Alto Rio Negro. 2021. 189 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM, 2021.
BARRETO, J. R. R. Úkũsse: formas de conhecimento nas artes do diálogo Tukano. Florianópolis, SC: Editora da UFSC, 2022.
CARVALHO JUNIOR, A. D. de. A magia do novo: índios cristãos nas fronteiras da Amazônia Colonial. Nuevo Mundo Mundos Nuevos, Debates. [s. l.], 2011. .
CARVALHO JUNIOR, A. D. de. Do índio imaginado ao índio inexistente: a construção da imagem do índio na Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira. 2000. Master’s thesis – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.
CARVALHO JUNIOR, A. D. de. Índios Cristãos: A conversão dos gentios na Amazônia Portuguesa (1653-1769). 2005. PhD diss. – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.
CASTRO, E. V. D. A Inconstancia Da Alma Selvagem E Outros Ensaios De Antropologia. [S. l.]: Cosac Naify, 2002.
CUNHA, M. C. da. História dos Índios no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1992.
DANOWSKI, D.; CASTRO, E. V. de. Há mundo por vir?: ensaio sobre os medos e os fins. [S. l.]: Cultura e Barbárie, 2014.
DORNELLES, S. S.; AMORIM, L. R. M. A História Indígena como alternativa de reelaboração das Histórias Nacionais. In: BRIGHENTI, C. A.; MARCELO, H. V. (orgs.). Histórias, nações e memórias insurgentes. Naviraí, MS: Aranduká, 2023. p. 265–284.
FARAGE, N. As Muralhas dos Sertões: os Povos Indígenas no Rio Branco e a Colonização. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1991.
FAUSTO, C. Se Deus fosse jaguar: canibalismo e cristianismo entre os Guarani (séculos XVI-XX). Mana, [s. l.], v. 11, n. 2, p. 385–418, out. 2005. https://doi.org/10.1590/S0104-93132005000200003.
FAUSTO, C.; HECKENBERGER, M. Introduction: Indigenous History and the History of the “Indians”. In: FAUSTO, C.; HECKENBERGER, M. J. (orgs.). Time and memory in indigenous Amazonia: anthropological perspectives. Gainesville: Univ. Press of Florida, 2007. p. 1–46.
GARCIA, E. F. As diversas formas de ser índio: políticas indígenas e políticas indigenistas no extremo sul da América portuguesa. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2009.
HEYWOOD, P. The Ontological Turn: School or Style? In: CANDEA, M. (org.). Schools and styles of anthropological theory. London New York: Routledge, Taylor & Francis Group, 2018.
KOPENAWA, D. A queda do céu. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2021.
KRENAK, A. A vida não é útil. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2021a.
KRENAK, A. Ailton Krenak. [S. l.]: Azougue Editorial, 2014(Coleção Encontros).
KRENAK, A. Futuro ancestral. São Paulo: Companhia Das Letras, 2022.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2021b.
LÉVI-STRAUSS, C. The Naked Man. Chicago, IL: Univ. of Chicago Press, 1990(Mythologiques, 4).
LIMA, T. S. Por uma cartografia do poder e da diferença nas cosmopolíticas ameríndias. Revista de Antropologia, [s. l.], v. 54, n. 2, 24 ago. 2012. DOI 10.11606/2179-0892.ra.2011.39641. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/39641. Acesso em: 31 mar. 2025.
LOPES, D. B. O movimento indígena na Assembleia Nacional Constituinte (1984-1988). 2011. Dissertação (Mestrado em História Social) – UERJ, Rio de Janeiro, 2011.
MACEDO, M. R. de. “Mulheres indígenas, organizem-se! Mesmo que seja em suas casas”: as ações político-pedagógicas do Grupo Mulher-Educação Indígena (décadas de 1980 e 1990). In: CARLONI, K.; MAGALHÃES, L. (orgs.). Mulheres no Brasil Republicano. Curitiba, PR: Editora CRV, 2021.
MACKENZIE, C.; STOLJAR, N. (Orgs.). Relational autonomy: feminist perspectives on automony, agency, and the social self. New York: Oxford University Press, 2000.
MATOS, M. H. O. O processo de criação e consolidação do movimento pan-indígena no Brasil (1970- 1980). 1997. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade de Brasília, Brasília, 1997.
MONTEIRO, J. M. Entre o Etnocídio e a Etnogênese: Identidades Indígenas Coloniais. In: FAUSTO, C. (org.). Tempos Índios: Histórias e Narrativas do Novo Mundo. Lisboa: Assírio & Alvim, 2007. p. 26–65.
MONTEIRO, J. M. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo, Brazil: Companhia das Letras, 1994.
MONTEIRO, J. M. Tupis, Tapuias e Historiadores. 2001. Tese Livre Docência – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.
MORETON-ROBINSON, A. The white possessive: property, power, and indigenous sovereignty. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2015(Indigenous Americas).
MUNDURUKU, D. O carater educativo do movimento indígena brasileiro (1970-1990). 1a̲ edição. São Paulo, SP, Brasil: Paulinas, 2012(Coleção Educação em foco).
NAVARRETE LINARES, F. Las fuentes indígenas más allá de la dicotomía entre historia y mito. Estudios de Cultura Náhuatl, Universidad Nacional Autónoma de México, Instituto de Investigaciones Históricas, [s. l.], v. 30, p. 231–256, 1999. .
OLIVEIRA FILHO, J. P. de. A viagem da volta: etnicidade, politica e reelaboraçao cultural no nordeste indígena. 2a ed. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2004(Territórios sociais, 2).
PERRONE-MOISÉS, B. Bons chefes, maus chefes, chefões: elementos de filosofia política ameríndia. Revista de Antropologia, [s. l.], v. 54, n. 2, 24 ago. 2012. DOI 10.11606/2179-0892.ra.2011.39649. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/39649. Acesso em: 31 mar. 2025.
POTIGUARA, E. Questão indígena brasileira: Visto minha própria pele sem medo. São Paulo, SP: Editora de Cultura, 2023.
RAPPAPORT, J. The Politics of Memory: Native Historical Interpretation in the Colombian Andes. Durham: Duke University Press, 1998(Latin America Otherwise Ser).
SAHLINS, M. Ilhas Da Historia. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.
SAMPAIO, P. M. M. Política indigenista no Brasil Imperial. In: GRINBERG, K.; SALLES, R. (orgs.). O Brasil Imperial (1808-1889). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. p. 175–206.
SANTOS-GRANERO, F. The Arawakan Matrix: Ethos, Language, and History in Native South America. In: HILL, J. D. (org.). Comparative Arawakan histories: rethinking language family and culture area in Amazonia. Urbana: University of Illinois Press, 2002. p. 23–48.
SANTOS-GRANERO, F. Vitalidades sensuais: Modos nao-corporeos de sentir e conhecer na Amazonia indígena. Revista de Antropologia, [s. l.], v. 49, n. 1, p. 93–131, 2006. .
SIMPSON, A. On Ethnographic Refusal: Indigeneity, ‘Voice’ and Colonial Citizenship. Junctures, [s. l.], n. 9, p. 67–80, 2007. .
STEWART, P. J.; STRATHERN, A. (Orgs.). Fragmented Self hood: Contradiction, Anomaly, and Violence in Fe- male Life Histories. Identity work: constructing Pacific lives. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 2000. p. 44–57.
STRATHERN, M. Kinship, law and the unexpected: relatives are always a surprise. New York, NY: Cambridge University Press, 2005.
STRATHERN, M. The gender of the gift: problems with women and problems with society in Melanesia. 3. paperback print. Berkeley, Calif.: Univ. of California Press, 2001(Studies in Melanesian anthropology, 6).
SZTUTMAN, R. O profeta e o principal: a ação política ameríndia e seus personagens. São Paulo, SP, Brasil: Edusp : FAPESP, 2012.
SZTUTMAN, R. Perspectivismo contra o Estado. Uma política do conceito em busca de um novo conceito de política. Revista de Antropologia, [s. l.], v. 63, n. 1, p. 185–213, 2020. .
TAUSSIG, M. T. Mimesis and alterity: a particular history of the senses. New York, NY: Routledge, 1993.
VILAÇA, A. Indivíduos celestes: cristianismo e parentesco em um grupo nativo da Amazônia. Religião & Sociedade, [s. l.], v. 27, p. 11–23, 2007. https://doi.org/10.1590/S0100-85872007000100002.
WARDLOW, H. Wayward women: sexuality and agency in a New Guinea society. Berkeley: University of California Press, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution [ESPECIFICAR TEMPO AQUI] após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).







