Terreiro enquanto resistência à colonialidade
a ótica de suas lideranças no Sul de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.36704/sdhe.v8i2.9715Palavras-chave:
Pedagogia de terreiro, epistemicídio, resistência culturalResumo
O artigo discute a tentativa de apagamento da cultura preta no Brasil, destacando a intolerância religiosa e o epistemicídio dos saberes ancestrais africanos. O foco recai sobre os terreiros como espaços de resistência à colonialidade, enfatizando as narrativas de suas lideranças e sua luta por visibilidade e orgulho identitário. O estudo investiga um terreiro localizado no Sul de Minas Gerais, onde a espiritualidade se entrelaça à coletividade e à afirmação cultural. A pesquisa adota uma abordagem etnográfica pós-crítica, com entrevistas semiestruturadas e observação participante, analisando as práticas religiosas e pedagógicas como estratégias de enfrentamento à opressão. O texto dialoga com autores como Stuart Hall, bell hooks e Aníbal Quijano, evidenciando o terreiro como um quilombo epistemológico que desafia a narrativa eurocêntrica e ressignifica a identidade preta.
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