Oficina de memórias e afetos em uma pesquisa autoetnográfica

uma possibilidade metodológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36704/sdhe.v8i2.9742

Palavras-chave:

Autoetnografia, Educação Antirracista, Memória e Afeto, Feminismo Negro, Metodologia de Pesquisa

Resumo

O artigo apresenta a oficina Autoetnografia: memórias e afetos como metodologia desenvolvida no âmbito de uma pesquisa de mestrado em educação. A proposta tem como objetivo fomentar a escrita de si e a partilha de narrativas a partir da memória e afeto, especialmente, entre mulheres negras. Com base na autoetnografia, articula práticas pedagógicas e escritas criativas com objetos simbólicos, visando à escuta, à autorreflexão e à valorização de saberes subjetivos e coletivos. A metodologia foi aplicada em diferentes espaços formativos, com públicos diversos, incluindo docentes e migrantes. Os resultados indicam que a oficina contribui para o letramento racial, a saúde emocional e o fortalecimento de uma educação antirracista. Conclui-se que a prática promove deslocamentos epistemológicos ao integrar teoria e a experiência como formas legítimas de produção de conhecimento.

Biografia do Autor

Valéria Pereira da Silva, Universidade Federal do Paraná

Centro de Referência Afro Enedina Alves Marques/ Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba–Paraná (PR) Brasil. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação/UFPR 

 

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Publicado

2025-11-04

Como Citar

Pereira da Silva, V., & Dias, L. (2025). Oficina de memórias e afetos em uma pesquisa autoetnográfica: uma possibilidade metodológica. SCIAS. Direitos Humanos E Educação, 8(2), 756–777. https://doi.org/10.36704/sdhe.v8i2.9742