Convivências interseccionais:

Feministas negras e populares debatendo justiça reprodutiva no Brasil

Autores

  • Susanne Schultz Universidade Goethe de Frankfurt (Alemanha)

DOI:

https://doi.org/10.36704/rhp.v1i2.8293

Palavras-chave:

Justiça Reprodutiva, Feminismos Contra-Hegemônicos, Interseccionalidade, Brasil

Resumo

O conceito de justiça reprodutiva está recebendo muita atenção no âmbito dos feminismos contra-hegemônicos transnacionais. Este texto explora como os feminismos negros e populares estão adotando o conceito atualmente no Brasil, abordando as implicações da definição dessa agenda. Traz uma reflexão sobre os movimentos sociais e as dimensões necropolíticas das relações reprodutivas. Três elementos dessa agenda são explorados: a abordagem da desigualdade estrutural na esfera das questões “clássicas” da saúde reprodutiva; a atenção às estratégias antinatalistas, como uma política contínua de esterilização; e as experiências de mães, bem como da paternidade, estigmatizadas ou atacadas. Particular atenção é dada aos movimentos sociais que negociam estes desafios organizacionais, que refletem os processos complexos de reposicionamento coletivo, utilizando conceitos importantes dos movimentos contemporâneos antirracistas no Brasil, tais como “não-lugar”, “quilombamento” e “bem-viver”.

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Publicado

2023-12-19

Como Citar

Schultz, S. (2023). Convivências interseccionais:: Feministas negras e populares debatendo justiça reprodutiva no Brasil. Revista Histórias Públicas, 1(2), 219–250. https://doi.org/10.36704/rhp.v1i2.8293

Edição

Seção

Dossiê Ditadura e Autoritarismo: necropolítica, negacionismo, arquivos e usos do passado - Parte II