Próximos Dossiês

2023-04-18
Anúncios


Editar Anúncios

Artigos livres

A Revista Histórias Públicas recebe artigos livres em fluxo contínuo. 

 

Dossiês com chamadas abertas

2° semestre de 2025

História Pública e Ensino de História: Possibilidades e Interseções - Organizadores – Profa. Dra. Ana Paula Santana (UFAL), Prof. Dr. Marcelo Abreu (UFOP), Prof. Dr. Rafael Dias Castro (UNIMONTES).

Cronograma

Submissão até 31/01/2025 Publicação em Dezembro de 2025. 

Uma vez que a democratização das pesquisas históricas e o acesso à informação têm se demonstrado cada vez mais emergentes na atualidade, este dossiê busca o diálogo entre pesquisadores/as e professores/as de história interessados/as nas possibilidades e interseções entre a História Pública e o Ensino de História. O dossiê destaca os desafios enfrentados pelo tema, como, por exemplo, a complexidade de conciliar a ampliação do acesso e a metodologia historiográfica. Ao mesmo tempo, explora oportunidades para aprimorar a compreensão pública da história, utilizando o ensino como um meio de promover uma consciência crítica e inclusiva do conteúdo presente nos livros e salas de aula. Procuramos trabalhos que analisem as complexas relações entre a História Pública e o Ensino de História, que explorem a divulgação de narrativas históricas e seus impactos nas salas de aula, que pensem diferentes estratégias de ensino com a utilização de artifícios presentes nas mídias digitais, séries, álbuns musicais, filmes, jogos de computador, podcasts, HQs, rádio, museus, jornais, revistas, entre outros. Também estão dentro do escopo deste dossiê trabalhos que abordem relatos de experiências de professores/as que incorporam métodos e fontes de História Pública em suas aulas de história do ensino básico e/ou superior.

 

Dossiês com chamadas encerradas

2° semestre de 2024

Experiências e práticas de História Pública - Organizadores: Profa. Dra Juniele Rabêlo de Almeida (UFF) e Prof Dr. Mauro Franco Neto (UEMG)

Cronograma

Submissões encerradas em 29/02/2024 - Publicação em Dezembro de 2024.

Tem se mostrado cada vez mais decisivo o papel da História no enfrentamento dos maiores desafios do mundo contemporâneo: a ampliação da democracia, o compromisso com a pluralidade de ideias, o apoio à diversidade cultural e a liberdade religiosa, bem como a crítica às diversas formas de assimetrias e desigualdades existentes. Como parte integrante desse processo, a subárea da História Pública avançou notavelmente nos últimos anos no debate e nas práticas que procuraram pensar e exercitar as potencialidades do conhecimento histórico em escutar, comunicar e dialogar com um conjunto de outros saberes que compõem uma miríade de discursos sobre o passado. Neste dossiê, procuramos dar vazão à relatos, análises e experiências que tenham a História Pública como eixo, problema, prática ou mesmo interface. Análises que versem sobre políticas de memória, usos do passado, divulgação da história, processos de patrimonialização na história recente do Brasil. Também são de interesse deste dossiê práticas educacionais (escolares ou não) ligadas à História Pública que explorem as mediações do passado e curadoria de histórias nas suas variadas dimensões: séries televisas, documentários, blogs, monumentos e espaços memorialísticos. Cabe ressaltar que estudos que aprofundem as interfaces da História Pública com temas como mídia, poder, tempo, identidades e negacionismos também compõem o escopo de interesses deste dossiê.

1º Semestre de 2025

O Regime Vargas em Perspectiva - Organizadores: Prof. Dr. Thiago Fidelis (UEMG) e Prof. Dr. Thiago Mourelle (Arquivo Nacional)

Cronograma

Submissões encerradas em 31/08/2024 / Publicação em: Julho de 2025.

O período em que Getúlio Vargas esteve à frente do Poder Executivo federal é um dos momentos mais marcantes da História do Brasil. Desde a chamada "Revolução de 1930" até seu suicídio, em 1954, acontecimentos relevantes contribuíram para a formação da nação que temos hoje. Diversas transformações ocorreram nos âmbitos político, econômico, cultural e social da vida brasileira, tendo repercutido por décadas, inclusive adentrando o século XXI. Ao assumir o governo, em 1995, Fernando Henrique Cardoso disse que iria contribuir para o final da chamada "Era Vargas". Outras figuras de relevo, como Leonel Brizola e Luís Inácio Lula da Silva, por vezes são comparados com o gaúcho de São Borja. Chegando à década em que estamos, quando se fala, por exemplo, sobre a reforma dos direitos trabalhistas, logo a criação da CLT, em 1943, é lembrada. Temas ainda como o nacionalismo, a relação do governante com os trabalhadores, a autonomia e controle de sindicados, a definição do samba como contribuinte à identidade nacional, o autoritarismo na política nacional, projetos econômicos vinculados ao capital nacional ou transnacional, o debate em torno da Petrobrás e demais estatais, todos são assuntos que encontram suas raízes nos anos 1930 e 1940 e que seguem muito atuais.

Nas décadas de 1930, 1940 e 1950 o Brasil teve diferentes constituições, passou por uma guerra civil, por uma ditadura, participou de uma guerra mundial, viu em seu território insurreições de esquerda e direita, assistiu ao início do voto feminino, passou pela "Era do Rádio", presenciou o surgimento das primeiras grandes estatais e de uma industrialização que veio pra ficar. Passamos por golpes de Estado, crises econômicas e políticas e assistimos ao suicídio de um presidente. Isso tudo apenas para citar alguns entre tantos fatos históricos importantes que ficaram registrados na memória nacional e que são objetos de estudo de pesquisadores de norte a sul do Brasil e até mesmo de investigadores do exterior.

Sendo o presidente mais longevo da história do Brasil (1930-1945 e 1951-1954), as ações de Vargas e de seu grupo político tiveram ampla influência em vários setores da sociedade, em especial nos trabalhadores urbanos. A construção de sua imagem pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) o consolidou como uma figura bastante admirada por grande parte da população. Ao mesmo tempo, contesta-se cada vez mais sua imagem de "pai dos pobres" ao passo que a posição de Vargas como ditador, criador da primeira Lei de Segurança Nacional da nossa história e a tortura, repressão e controle impostas ao operariado são alvos de pesquisas mais atuais a respeito dos vários momentos de seu governo.

Partindo dessa premissa, o presente dossiê buscará compreender esse longo processo de décadas, inclusive os diversos aspectos do governo varguista relacionados à economia, política, cultura, sociedade e relações internacionais, seja no período de 1930 a 1945, seja no seu mandato eleito pelo povo, entre 1951 e 1954. Para tal, convidamos pesquisadoras e pesquiadores das mais diferentes formações e titulações a se juntarem a esse debate, enviando suas contribuições em formato de artigo para este dossiê que, certamente, engrossará a discussão historiográfica sobre o regime Vargas em suas múltiplas facetas.