Galanteadores de batina.

Os padres e suas artimanhas de sedução no confessionário (Minas Gerais, século XVIII)

Autores/as

  • Sabrina Silva UNESP

DOI:

https://doi.org/10.36704/rhp.v1i3.7642

Palabras clave:

Galanteios, Sacerdotes, Confessionário, Solicitação, Inquisição.

Resumen

O delito inquisitorial de solicitação, ou a solicitatio ad turpia, acontecia quando um confessor, no local da confissão, assediava amorosa ou sexualmente os penitentes. Muitos solicitantes foram verdadeiros galanteadores que usavam de diversas artimanhas para conseguir levar a cabo seu desejo, alguns presenteavam as penitentes com tigelas de doces e dinheiro, outros prometiam um marido ou ofereciam remédios para reverter a virgindade perdida. A tentativa de suprimir esse crime fazia parte dos intentos tridentinos que buscavam a reforma moral dos clérigos. A solicitação foi entendida como uma forma de macular o Sacramento da Confissão, por isso fazia parte da jurisdição inquisitorial, afinal, o solicitante “sentia-se mal” desse sacramento. O confessionário, ou qualquer outro local usado com a finalidade de ouvir confissão, se convertia em um momento único e propício para levar a cabo uma investida amorosa ou sexual. Assim, a confissão, foi muitas vezes aproveitada como um lugar íntimo onde o padre poderia seduzir, através de palavras, toques, presentes e promessas.

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Publicado

2024-08-13

Cómo citar

Silva, S. (2024). Galanteadores de batina.: Os padres e suas artimanhas de sedução no confessionário (Minas Gerais, século XVIII). Revista Histórias Públicas, 1(3), 103–123. https://doi.org/10.36704/rhp.v1i3.7642

Número

Sección

Dossiê Inquisição: persistências, consequências e influências no Brasil, da colônia aos nossos dias