Disposição de estéreis de mineração no contexto da explotação de rochas ornamentais e revestimento no Estado do Espírito Santo

Resumo

Como qualquer outra atividade econômica, a extração de rochas ornamentais e de revestimento provoca no meio ambiente onde se insere diversos impactos no meio físico, biótico e antrópico (sócio-econômico), sendo em sua maioria negativos. Estes, de uma maneira geral, são funções diretas da fase do empreendimento minerário (prospecção, exploração, lavra e recuperação ambiental), contudo, muitos destes acompanham todo o ciclo de vida do empreendimento. Neste sentido, uma grande preocupação do setor de rochas ornamentais diz respeito à gestão dos resíduos gerados, e em última instância, aos métodos mais adequados para a disposição deste material. Assim sendo, e a partir da análise das informações de fiscalizações realizadas nos empreendimentos do Espírito Santo,
buscou-se a caracterização da metodologia da disposição de estéril que vem sendo adotada pelo setor, e os principais impactos técnicos, econômicos e ambientais. Desta forma, restou verificado que a maior parte das minas realizam a disposição do estéril pelo método de aterro em encosta, o que traz diversos prejuízos operacionais e ao meio ambiente, sendo o método de pilhas ainda exceção no contexto mineral das rochas ornamentais e de revestimento.