Mulheres na Física: sub-representatividade e reinvenção na pandemia
DOI:
https://doi.org/10.36704/sciaseducomtec.v2i2.5100Palavras-chave:
Mulheres, Ciências Exatas, Pandemia, Ensino de Física, Simulações.Resumo
Das roupas até a carreira, é notável a influência da socialização de gênero na vida de mulheres e homens. Nesse sentido, este artigo busca expor algumas reflexões sobre a presença das mulheres na carreira das Ciências Exatas, aqui particularmente da Física. Para dar corpo a essa proposta de “feminilizar” a Física, trazemos um destaque para o uso de simulações online durante a pandemia a partir da experiência de uma professora universitária da área. Centramos nossa análise sobre os papéis de gênero e principalmente na discussão da distância e aproximação entre as esferas pública e privada, exposta com ainda mais força durante a pandemia de Covid-19 vivenciada no Brasil e no mundo no ano de 2020. Com isso, adentramos também no debate sobre a divisão sexual do trabalho e da baixa participação de mulheres nas carreiras de Ciências Exatas.
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