CONECTIVISMO: UMA NOVA TEORIA DA APRENDIZAGEM PARA UMA SOCIEDADE CONECTADA
Resumo
O avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) vem provocando mudanças também na Educação, principalmente, na forma de planejar, implementar e utilizar recursos tecnológicos na promoção da aprendizagem. O Conectivismo surge neste contexto como uma nova abordagem educacional. Esta teoria sugerida por George Siemens e Steven Downes (2004) assinala que o conhecimento está disseminado numa rede de conexões e que, desse modo, a aprendizagem consiste na capacidade de construir essas redes, permanecer e circular nelas, desenvolvendo assim a capacidade de refletir, decidir e partilhar informações. O objetivo deste trabalho é realizar estudo sobre as teorias da aprendizagem mais utilizadas para embasar o ensino e da teoria conectivista. Para concretização deste trabalho, propõe-se a realização de pesquisas bibliográfica e na internet. Como resultados obtidos, verificou-se que todos os pressupostos das teorias em questão possuem argumentos que podem ser amplamente utilizados nas bases educacionais voltadas para o conhecimento e para a aprendizagem. Verificou–se também que a teoria conectivista, definida como teoria alternativa da era digital, pressupõe que a aprendizagem está internalizada no indivíduo e é necessário ser acionada por uma fonte de conhecimento que pode residir tanto em outros indivíduos quando em dispositivos não humanos. Daí, a necessidade de se fazer e criar conexões para acionar o conhecimento internalizado.
Referências
ALTOÉ, Anair; PENATI, Marisa Morales. O construtivismo e o construcionismo fundamentado a ação docente em ambiente informatizado. In: ALTOÉ, Anair; COSTA, Maria Luisa Furlan; TERUYA, Teresa Kazuko (Orgs.). Educação e novas tecnologias. Maringá: Eduem, 2005. p. 55-68.
BAUM, W. Compreender o Behaviorismo. Artes Médicas, 1999.
BOYLE, Tom. Design for Multimedia Learning. London: Prentice Hall, 1997.
BIAGGIO, Ângela Maria Brasil. Psicologia do desenvolvimento. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1976.
BERNHEIM, Carlos Tünnermann; CHAUÍ, Marilena de Souza. Desafios da universidade na sociedade do conhecimento: cinco anos depois da conferência mundial sobre educação superior. Brasília: UNESCO, 2008. 44 p.
BOCK, Ana; FURTADO; Odair; TEIXEIRA, Maria. Psicologias. Uma introdução ao estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 1999. p. 38-47.
BORGES, Martha Kaschny. Educação semipresencial: desmistificando a educação a distância. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/218tcf3.pdf>. Acesso em: 09 ago. 2012.
BORGES, M. K. e FONTANA, K. B. Interatividade na prática: a construção do Texto Colaborativo por alunos da educação a distância. In Anais do X Congresso Internacional da ABED, Porto Alegre, 2003.
BRASIL. Ministério de Estado da Educação. Portaria 4.059 de 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2012.
CARRETEIRO, Mário. Construtivismo e educação. Porto Alegre: Artmed, 1997.
FILATRO, Andrea. Design instrucional contextualizado: educação e tecnologia. São Paulo: Editora SENAC, São Paulo, 2004.
FREITAS, M.T.A. de. Vygotsky e Bakhtin: Psicologia e Educação: um intertexto. 4.ed. São Paulo: Ática, 2000
Kerr, Bill (2007). A Challenge to Connectivism. Transcrição da comunicação apresentada na Online Connectivism Conference, Fevereiro 2007, Universidade de Manitoba. Disponível em http://ltc.umanitoba.ca/wiki/index.php? title=Kerr_Presentation . Acesso em 21/01/2012
Kop, Rita & Hill, Adrian (2008). Connectivism: Learning theory of the future or vestige of the past? The International Review of Research in Open and Distance Learning, 9 (3). Disponível em http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article /view/523/1103 . Acesso em: 31/01/2012.
MORAN, José Manoel. Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, PUC-PR, v. 4, n. 12, p.13-21, maio/ago. 2004. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran /espacos.htm>. Acesso em: 12 out. 2012.
MOREIRA, Marco Antonio. A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação em sala de aula. Brasília: Editora UnB, 2006.
PIAGET, Jean. Para Onde Vai a Educação? Lisboa: Livros Horizonte,1990.
SIEMENS, George (2004). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. Disponível em http://www.elearnspace.org/Articles/connectivism.htm, acessado em 28/11/2011.
SIEMENS, George. Learning Development Cycle: Briding Learning Design and Modern Knowledge Needs. July, 2005.
SIEMENS, George. (2008). ¿Qué tiene de original el conectivismo? Disponível em: http://humanismoyconectividad.wordpress.com/2009/01/14/conectivismo-siemens/; Acesso em 26/10/2012. (2008).
SILVA, M. Sala de aula interativa. 1. ed. Rio de Janeiro: Ed. Quartet, 2001.
SILVA, M. (Org). Educação online. São Paulo: Loyola, 2003.
SKINNER, B. F. Sobre o behaviorismo. São Paulo: Cultrix (1974).
STAATS, A. W. Behaviorismo social: uma ciência do homem com liberdade e dignidade. Arquivos brasileiros de psicologia, v. 32, n. 4, p. 97-116, 1980.
STERNBERG, R. J. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: ARTMED, 2000.
VERHAGEN, Pløn (2006) Connectivism: a new learning theory? Disponível em http://www.surfspace.nl/nl/ Redactieomgeving/ Publicaties/Documents/ Connectivism%20a%20new%20theory.pdf[Acessado em 19 de Julho de 09]