ECOLOGIA, SUSTENTABILIDADE E CIDADANIA NO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Resumo

A escolarização brasileira sofre com os descasos das autoridades públicas que consideram os financiamentos como gastos e não como investimentos. Essas ações se refletem na criação de políticas públicas de intervenção docente, ensino domiciliar e o fechamento sistemático das escolas no meio rural. Em encontro a essas propostas educacionais, os projetos institucionais de desenvolvimento rural preconizam investimentos crescentes apenas para categoria do agronegócio em detrimento a agricultura familiar e demais populações do campo. Possuindo consciência dessa conjuntura e o quão oneroso é para a conservação da biodiversidade brasileira, para a manutenção e desenvolvimento da escola pública e até para a perpetuação da humanidade, as experiências das Escolas Famílias Agrícolas trazem a luz e ao debate essas questões. Em respeito aos Decretos Estaduais de Distanciamento Social Controlado, devido à crise sanitária ocasionada pela Pandemia do novo coronavírus, realizamos pesquisas documentais nos Planos de Curso e de Formação de uma Escola Família Agrícola, localizada no do Rio Grande do Sul, que terá identificação preservada, no primeiro semestre de 2021. Nestes documentos podemos identificar e analisar os conceitos e interpretações da práxis metodológica da Pedagogia da Alternância, que permite os deslocamentos de tempos e espaços em diferentes ambientes dos estudantes para construção do conhecimento. Bem como, os processos de aprendizagens e diferentes métodos de ensino de agriculturas ecológicas, sustentáveis com objetivo de formação cidadã. É necessário que experiencias exitosas de Educação do Campo, tenham maior espaço nas pesquisas universitárias e seu trabalho divulgado a luz de exemplos a serem seguidos.