A incorporação de serviços para o conhecimento na cadeia produtiva do setor de telecomunicações
DOI:
https://doi.org/10.36704/25256041/reis.v6i8.5963Palavras-chave:
SPICs (Serviços Produtivos Intensivos em Conhecimento), Telecomunicações, Inovação Tecnológica, Setor de ServiçosResumo
O artigo discute sobre os Serviços Produtivos Intensivos em Conhecimento (SPICs) do ponto de vista das características das empresas prestadoras de serviços que pertencem à cadeia de telecomunicações, em particular, no segmento de telefonia fixa e móvel. As empresas analisadas nesta pesquisa atuam em atividades como desenvolvimento de software e aplicativos para utilização em celular, serviços de consultoria para empresas operadoras de telecomunicações, até empresas de equipamentos que prestam serviços de alto valor agregado. A metodologia utilizada foi a exploratória com amostragem intencional. Os resultados mostram uma alta porcentagem de empresas que fizeram inovação por meio de investimentos em P&D, aqui também entendido como atividades de engenharia e desenvolvimento de novo software, e usaram mão de obra qualificada. Também foram observadas outras características dos SPICs, como alta interação com o mercado e institutos de pesquisa e entre empresas multinacionais e locais. Além de confirmada, portanto, a existência de SPICs na cadeia produtiva de telecomunicações no Brasil e não somente um fenômeno de terceirização de atividades rotineiras pré-existentes nas empresas do setor.
Referências
AMSDEN, A. et al. Slicing the Knowledge-Based Economy: a tale of three software industries. Cambridge: Massachussetts Institute of Technology, 2003.
ATHREYE, S. The Indian Software Industry. In: ARORA, A. e GAMBARDELLA, A. (eds). From Underdogs to Tigers: The Rise and Growth of the Software industry in Brazil, China, India, Ireland and Israel. Oxford: Oxford University Press, 2005.
ANTONELLI, C. Recombination and the Production of Technological Knowledge: Some international evidence. In ANDERSEN, Birgitte (org), Knowledge and Innovation In the New Service Economy. Edward Elgar Publishing Limited, UK, 2000. 178-193 p.
BERNANDES, R.; BESSA, V.; KALUP, A. Serviços na Paep-2001: reconfigurando a agenda de pesquisas estatísticas de inovação. São Paulo em Perspectiva. v. 19, n. 2, p. 115-134, abr./jun.2005.
CAMEIRA, R.F. (Coord.). Análise do setor de telecomunicações e cadeias associadas (de tecnologia de Informação e de Conteúdo) no Estado do Rio de Janeiro. Escola Politécnica – Departamento de Engenharia Industrial, Grupo de Produção Integrada e coppe-ufrj, Secretaria de Estado e de Direito Econômico (SEDE), SEBRAE - Rio de Janeiro, Brasil, 2007.
CERQUEIRA, A.H.F.; QUADROS, R., (2002). “Inovação no Setor de Serviços: Uma discussão exploratória”, artigo apresentado no Simpósio de Administração da produção, logística e operações internacionais, SIMPOI – FGV – SP, 1 a 4 de outubro de 2002.
DAVIES, A.; TANG, P.; BRADY, T.; HOBDAY, M.; RUSH, H. & GANN, D. Integrated Solutions: The new economy between manufacturing and services. Technical report, SPRU/Universidade de Sussex, 2001.
DOSI, G. Technical change and industrial transformation. New York: St. Martin’s Press, 1984, p.13-14.
FISCHER, M.M. “Innovation, knowledge creation and systems of innovations”, Annals of Regional Science, vol. 35, nº 2, 2001, p.199-216.
GALINA, Simone Vasconcelos Ribeiro. Desenvolvimento global de produtos: o papel das subsidiárias brasileiras de fornecedores de equipamentos do setor de telecomunicações. Escola Politécnica. Engenharia da Produção, 2003 (Tese de doutorado).
GALLOUJ, F., WEINSTEIN, O. Inovation in Services. Research Policy, 26, 537-556, 1997.
HAUKNES, J. ‘Services in Innovation - Innovation in Services. SI4S final report to the European Commission, TSER program. Oslo: STEP Group, 1998.
IBGE. Diretoria de Pesquisas, Departamento de Comércio e Serviços. Pesquisa de Inovação Tecnológica – PINTEC (2003-2005), Rio de Janeiro, 2007.
KON, A. Economia de serviços: teoria e evolução no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2004. 269 p.
KUBOTA, L.C. A inovação tecnológica das firmas de serviços no Brasil. Cap. 2. in: Estrutura e Dinâmica do setor de Serviços no Brasil. Negri, J. A.. Kubota, L. C. (org.). 2006.
LUNDVALL, B.A., JOHNSON, B. “The learning economy” , Journal of Industry Studies,1, 1994, p.23-42.
MILES, I., Kastrinos, N. Klanagan, K. Bilderbeek, R., Den Hertog, P., Huntink, W. Bouman, M., 1994. Knowlwdge-Intensive Business Services: Their roles as users, carriers and sources of innovation. Prest, Manchester, 1994.
_____. Services innovation: Estatistical and conceptual issues. University of Manchester”, In.: Internet, 1995.
_____. Mark Boden. Services, Knowledge and Intelectual Property. In ANDERSEN, Birgitte, Roberts, J., Miles, I., Hull, R., Howells, J. (eds.). Knowledge and Innovation in the New Service Economy, Manchester, USA, Edward Elgar Publishing, 2000, 159-174p.
MIOZZO, M; SOETE, L. Internationalization of Services: A Technological Perspective. Technological Forecasting and Social Change, 2001, p.67, 159-185.
MULLER E., ZENKER, A. Business Services as actors of knowledge transformation: the role of KIBS in regional and national innovation systems. Research Policy, v.30., 2001, 1501-1516p.
NÄHLINDER, J. Innovation in KIBS. State of art and conceptualisations. In: SIRP Seminar. England: Jan. 2002.
_____. Innovation and employment in services: the case of knowledge intensive business services in Sweden. Linköping University. Department of Technology and Social Change. Sweden. 2005.
NELSON, R. National Innovation System. New York: Oxford University Press, 1993.
NELSON, R. R.; WINTER, S. G. In search of a useful theory of innovations. Research Policy, v.6, n.1, pp. 36-76. jan,1977.
OCDE – Organization for Economic Cooperation and Development - Information Technology Outlook, FRANÇA, 2004.
______.Technology/Economy Programme (1992), Thecnology and Economy – The Key Relationships, OCDE, Paris.
QUADROS, R. et. al. Perfil e Estratégias das Empresas Brasileiras Exportadoras de Software: O papel da empresas multinacionais. In: Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, 2006, Gramado. Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, 2006.
ROBERTS, Joanne. The internationalization of knowledge-Intensive Business services firms. in ANDERSEN, Birgitte (org), Knowledge and Innovation In the New Service Economy. Edward Elgar Publishing Limited, UK, 2000.
ROBERTS, J.; Andersen, B.; HULL, R. Knowledge and Inovation in the new Service Economy. in ANDERSEN, Birgitte (org), Knowledge and Innovation In the New Service Economy. Edward Elgar Publishing Limited, UK, 2000.
STRAMBACH, S. ‘Innovation processes and the role of knowledge-intensive business services (KIBS)’, in K. Koschatzky, M. Kulicke and A. Zenker (eds), Innovation Networks – Concepts and Challenges in the European Perspective: Technology, Innovation and Policy, Heidelberg: Physica: 53-68, 2001.
STRAMBACH, S. Knowledge-intensive services and innovation in Germany. University of Stuttgart. Institute of Geography. Unpublished report, 1997.
SEADE. Pesquisa da Atividade Econômica Paulista - PAEP, Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados- FSeade. São Paulo, 1996.
_____. Pesquisa da Atividade Econômica Paulista - PAEP, Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados- FSeade. São Paulo, 2001.
TETHER B. e HIPP C. Competition and Innovation Amongst Knowledge-Intensive and Other Services Firms: Evidence from Germany. In ANDERSEN, Birgitte, Roberts, J., Miles, I., Hull, R., Howells, J. (eds.). Knowledge and Innovation in the New Service Economy, Manchester, USA, Edward Elgar Publishing. 2000, p.49-66.
TIDD J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. Managing innovation: integrating technological, managerial organizational change. 2 ed. Wiley, 2001. p. 85-158.
YIN, R. Case Study Research: Design and Methods (Applied Social Research Methods) – California: Sage Publications, Inc; 3rd edition; 2002, 200p.
ZUNKER, A. & MULLER, E. Business services as actors of knowledge transformation: the role of SPICS in regional and national innovation systems, Research Policy, vol.30, 1501-1516p. (2001).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com o reconhecimento de sua autoria.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado. Porém, deve-se observar que uma vez aprovado pelos avaliadores, o material submetido não poderá sofrer mais alterações. Caso se deseje fazê-lo, deverá ser iniciado um novo processo de submissão.