Das disposições cosmopolitas à mobilidade como competência? Ensino superior, Programa Erasmus e mobilidade estudantil/ From cosmopolitan dispositions to mobility as a competency? Higher education, Erasmus Program and student mobility

Autores

  • Maria Manuel Vieira Instituto de Ciências Sociais/ Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.24934/eef.v18i26.1036

Palavras-chave:

educação de elites, disposições cosmopolitas, mobilidade estudantil, Programa Erasmus

Resumo

Tradicionalmente, a promoção de disposições cosmopolitas tem sido um importante elemento formativo das elites portuguesas e, simultaneamente, um ingrediente diferenciador, num contexto de baixas taxas de escolarização da população. Após três décadas de intensa democratização da educação e de ampla generalização da experiência escolar, a situação mudou significativamente. Com a tendencial globalização das políticas educativas, a intensificação de acordos e parcerias inter-governamentais oferecem-se aos jovens estudantes novas oportunidades educativas, nomeadamente experiências escolares internacionais. O programa europeu de mobilidade estudantil Erasmus constitui, a este respeito, um exemplo particularmente pertinente. Poder-se-á então continuar a falar de cosmopolitismo como propriedade educativa restrita a um grupo social? Ou, pelo contrário, essa propriedade tende a generalizar-se em sociedades altamente escolarizadas? Por sua vez, as disposições cosmopolitas como elemento formativo parecem ter mudado de significado: será que a mobilidade que suporta a experiência cosmopolita se transforma em competência?

 

ABSTRACT

Traditionally, the promotion of cosmopolitan dispositions has been an important formative element of the Portuguese elites and simultaneously a distinctive ingredient in a society characterized by low enrollment rates of the population. After three decades of intense democratization of education and broad generalization of the school experience, the situation has changed significantly. With the globalization trend of educational policies, the intensification of inter-governmental agreements and partnerships, new educational opportunities, including international academic experiences, are offered to young students. The European student mobility Erasmus program is, in this regard, a particularly pertinent example. Is it then possible to continue to speak of cosmopolitanism as an educational asset restricted to a social group? Or, conversely, this asset tends to become widespread in highly educated societies? In turn, the cosmopolitan dispositions as a formative element seem to have changed in meaning: is mobility associated to the cosmopolitan experience turning into a competency?

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Manuel Vieira, Instituto de Ciências Sociais/ Universidade de Lisboa

Investigadora do Observatório da Juventude, do ICS- UL.

Downloads

Publicado

08/12/2015

Como Citar

Vieira, M. M. (2015). Das disposições cosmopolitas à mobilidade como competência? Ensino superior, Programa Erasmus e mobilidade estudantil/ From cosmopolitan dispositions to mobility as a competency? Higher education, Erasmus Program and student mobility. Educação Em Foco, 18(26), 15–42. https://doi.org/10.24934/eef.v18i26.1036