A matemática e o cinema: articulações e possibilidades no campo das práticas pedagógicas
DOI:
https://doi.org/10.24934/eef.v23i41.4800Palavras-chave:
Matemática, Arte, Cinema, Sensibilidade, EducaçãoResumo
Este ensaio propõe uma aproximação entre a matemática e a arte do cinema enquanto prática pedagógica. Deste modo é apresentada algumas articulações entre a matemática, a arte do cinema e a filosofia com a intensão de criticar uma tradição matemática que se define soberana, racional, dura e transcendente. O diálogo entre matemática e arte que tecemos neste ensaio é forjado nos espaços educacionais, ou seja, é criado no plano da experiência em lugares em que se faz educação. O ensaio parte do pressuposto que assistir a filmes pode ser uma linha de fuga construída para que outras matemáticas, além da hegemônica, possam ser pensadas na experiência escolar. “O Jogo da Imitação” (2014), “O homem que Viu o Infinito” (2015) e “Estrelas Além do Tempo” (2016) são filmes trazidos ao texto para pensar práticas pedagógicas que possibilitem construir diferentes perfectos eafectos, diante de uma matemática que homogeniza e transpõem sua rigidez interna para o campo das práticas. Conclui-se que a arte do cinema, diante da rigidez pedagógica que caracteriza grande parte das aulas de matemática, em todos os níveis, provoca rachaduras nos muros axiomáticos que prometem isolar a matemática dominante do mundo da vida.Downloads
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Aceito 2020-10-07
Publicado 2020-12-18