PRÁTICAS TERAPÊUTICAS PARA REDUÇÃO DA FREQUÊNCIA DO BURNOUT EM PROFESSORES

Revisão Sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36704/eef.v27i52.6609

Palavras-chave:

Educação., Esgotamento mental., Esgotamento psíquico., Estafa., Estresse.

Resumo

A identificação recorrente de burnout em professores indica a necessidade de conhecer técnicas e programas de intervenção eficazes. Este estudo buscou identificar as práticas de intervenção do burnout e analisar os efeitos na redução dos níveis de burnout em professores. Foi realizada uma busca de artigos nas bases Scielo, Lilacs e Portal da Capes entre os anos de 2008 e 2020 de acordo com os procedimentos PRISMA. Foram selecionados 6 estudos que apontaram para 4 práticas de intervenção: psicoeducação em terapia de grupo, práticas de terapia respiratória-AFA, mindfulness e meditação. Foram observados resultados positivos como o retorno do docente ao trabalho. Além disso, houve uma redução dos dias de licença por incapacidade ou esgotamento mental. Conclui-se que as técnicas de intervenção analisadas mostram não só reduzir a frequência de sentimentos da síndrome como também a possibilidade de recondução dos professores para a sala de aula e a recuperação da sua saúde mental.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leonardo Augusto Mendes Pires Melo, UEMG - Ibirité

Licenciado em Matemática pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Graduando em Educação Física na Universidade do Estado de Minas Gerais-Unidade Ibirité. ORCID:0000-0002-3521-3810 E-mail: leonardoprofmat@gmail.com

Lucas Gabriel Silva Ribeiro , UEMG

Licenciado em Educação Física pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). ORCID: 0000-0002-5967-040X E-mail: lucasgsribeiro@gmail.com

Camila Bicalho, UEMG

[1] Doutora em Ciências do Esporte pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora no Curso de Educação Física na Universidade do Estado de Minas Gerais-Unidade Ibirité. ORCID: 0000-0001-5413-1290

E-mail:camila.bicalho@uemg.br

Referências

ANDRADE, N. C. L., PEDROSA, G. F, LOBO, I. L. B., & BICALHO, C. C. F. (2017). The effects of work routine and professional satisfaction on Burnout among high-school teachers. International Journal of Humanities and Social Science Invention, 6, 50-55. doi:10.34117/bjdv5n10-148

BENEVIDES-PEREIRA, A. M. T., YAMASHITA, D., & TAKAHASHI, R. M. (2010). E os educadores, como estão? Revista Eletrônica do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente, 3(3), 151-170. doi:10.22409/resa2010.v3i3.a21132

BORGES, L. O., ARGOLO, J. C. T., PEREIRA, A. L. S., MACHADO, E. A. P., & SILVA, W. S. (2002). A síndrome de burnout e os valores organizacionais: um estudo comparativo em hospitais universitários. Psicologia: Reflexão e Crítica, 15(1), 189-200. doi:10.1590/s0102-79722002000100020

CARLOTTO, M. S. (2014). Prevenção da síndrome de burnout em professores: um relato de experiência. Mudanças-psicologia da saúde, 22(1), 31-39.

CASTRO, R., CAMPERO, L., & HERNÁNDEZ, B. (1997). La investigación sobre apoyo social ensalud: situaciónactual y nuevos desafíos. Revista de Saúde Pública, 31(4), 425-435. doi:10.1590/S0034-89101997000400012

CATRESANA, C. DE LAS C., & REVUELTA, G.R. Y. (1992). Autoinformes y respuestas sesgadas. Anales de Psiquiatría, 8(9), 362-366. doi:0213-0599/92/08.9/362

DALCIN, L., & CARLOTTO, M. S. (2018). Avaliação de efeito de uma intervenção para a síndrome de burnout em professores. Psicologia Escolar e Educacional, 22(1), 141-150.

DAVID, I., & QUINTÃO, S. (2012). Burnout in Teachers: its Relationship with Personality, Coping Strategies and Life Satisfaction. Acta médica portuguesa, 25, 145-55. pmid: 23069234

DIEHL, L., & MARIN, A. H. (2016). Adoecimento mental em professores brasileiros: revisão sistemática da literatura. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 7(2), 64-85.

ESCUDEROS, A. D. M., & TOSCANO, J. H. A. (2016). Dimensiones de apoyo social associadas con síndrome de burnout en docentes de media acadêmica. Pensamiento Psicológico, 14(2), 7-18. doi:10.11144/Javerianacali.PPSI14-2.dasa.

FIGUEROA, A. E. J., GUTIÉRREZ, M. J. J, & CELIS, E. R. M. (2012). Burnout, apoyo social y satisfacción laboral en docentes. Psicologia Escolar e Educacional, 16(1), 125-134. doi:10.1590/S1413-85572012000100013

FUERTES, C, ARANDA, G, REZOLA, N, ERRAMUZPE, A, PALACIOS, C, & IBÁÑEZ, B. (2019). Persistencia a largo plazo de los efectos de un programa de mindfulness y autocompasión en profesionales sanitarios de Atención Primaria. Anales del Sistema Sanitario de Navarra, 42(3), 269-280. doi:10.23938/assn.0718

GIL-MONTE PR. (2005). Factorial validity of the Maslach Burnout Inventory (MBI-HSS) among Spanish professionals. Revista de Saúde Pública, 39(1),1-8. doi:10.1590/S0034-89102005000100001

GIL-MONTE, P. R., GARCÍA-JUESAS, J. A., & HERNÁNDEZ, M.C. (2008). Influencia da Sobrecarga Laboral e Autoeficacia da Síndrome de Quemarse pelo Trabalho (burnout) em Profissionais de Enfermagem. Revista Interamericana de Psicologia, 42(1), 113-118. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=28442112

GOETZ, K.; LOEW, T., HORNUNG, R., COJOCARU, L., LAHMANN, C., & TRITT, K. (2013). Primary Prevention Programme for Burnout-Endangered Teachers: Follow-Up Effectiveness of a Combined Group and Individual Intervention of AFA Breathing Therapy. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. doi: 10.1155 / 2013/798260

GOMES, A. R., MONTENEGRO, N., PEIXOTO, A. M. B. C., & PEIXOTO, A. R. B. C. (2010). Stress ocupacional no ensino: um estudo com professores do 3º ciclo e ensino secundário”. Psicologia & Sociedade, 22(3), 587-597. doi.org/10.1590/S0102-71822010000300019

HISASHIGE, A. (1993). Occupational influences relative to the burnout phenomenon among Japanese nursery school teachers. Environ, 219-228,. doi:10.1006/enrs.1993.1142

HALBESLEBEN, J. R. B., & BUCKLEY, M. R. (2004) Burnout na vida organizacional. Journal of Management, 30(6), 859–879. doi.org/10.1016/j.jm.2004.06.004

HU, H. H. S., & CHENG, C.W. (2010). Job stress, coping strategies, and burnout among hotel industry supervisors in Taiwan. The International Journal of Human Resource Management, 21(8), 1337-1350. doi:10.1080/09585192.2010.483867

KATIE, B., & MITCHELL, S. (2003). Loving what is: Four questions that can change your life. New York, NY: Three Rivers Press, 2003. ISBN-13: 978-1400045372

LIMA F., C., & MORAIS, A. (2018). Prevalência e fatores de risco do burnout nos docentes universitários”. Revista Contemporânea de Educação, 13(27), 453-471. doi.org/10.20500/rce.v13i26.12277

MASLACH, C., JACKSON, S. E., LEITER, M. P. (1996). MBI: Maslach burnout inventory. Sunnyvale, CA: CPP, Incorporated.

MASLACH, C., SCHAUFELI, W. B., & LEITER, M. P. (2001). Job burnout. Annual review of psychology, 52, 397–422. 2001. doi:10.1146/annurev.psych.52.1.397

MOYA-ALBIOL, L., SERRANO, M. A., & SALVADOR, A. (2010). Burnout as an important factor in the psychophysiological responses to a workday in Teachers. Stress and Health, 26, 382-393. doi.org/10.1002/smi.1309

MUROFUSE, N. T., ABRANCHES, S. S., & NAPOLEÃO, A. A. (2005). Reflexões sobre estresse e Burnout e relação com enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 13(2), 255-261. doi.org/10.1590/S0104-11692005000200019

MURTA, S. G, LAROS, J. A. & TRÓCCOLI, B. T. (2005). Manejo de estresse ocupacional na perspectiva da área de avaliação de programas. Estudos de Psicologia, 10(2), 167-176. doi:10.1590/S1413-294X2005000200002

PHILIPP, A, & SCHÜPBACH, H. (2010). Longitudinal effects of emotional labour on emotional exhaustion and dedication of teachers. Journal of Occupational Health Psychology 15(4), 494-504. doi:10.1037/a0021046

PRADO, C. E. P. (2016). Estresse ocupacional: causas e conseqüências. Revista Brasileira Medicina Trabalho, 14(3), 285-289. doi: 10.5327/z1679-443520163515

ROESER, R. W., SCHONERT-REICHL, K. A., JHA, A., CULLEN, M., WALLACE, L., WILENSKY, R., OBERLE, E., THOMSON, K, TAYLOR, C., & HARRISON, J. (2013). Mindfulness training and reductions in teacher stress and burnout: Results from two randomized, waitlist-control field trials. Journal of Educational Psychology, 105(3), 787. doi: 10.1037/a0032093

ROWE, M. M. (2012). Skills training in the long-term management of stress and occupational burnout. Current Psychology, 19(3), 215-228. doi:10.1007/s12144-000-1016-6

SANSÓ, N., GALIANA, L., GONZÁLEZ, B., SARMENTERO, J., REYNES, M., OLIVER, A., & GARCIA-TORO, M. (2019). Differential effects of two contemplative practice-based programs for health care professionals. Psycho social Intervention, 28(3), 131-138. doi.org/10.5093/pi2019a12

SCHNAIDER‐LEVI, L., MITNIK, I., ZAFRANI, K., GOLDMAN, Z., & LEV‐ARI, S. (2017). Inquiry‐Based Stress Reduction Meditation Technique for Teacher Burnout: A Qualitative Study. Mind, Brain, and Education, 11(2), 75-84. doi:10.1111/mbe.12137

SCHAARSCHMIDT U., & A. W. FISCHER. (1996). AVEM—Arbeitsbezogenes Verhaltens und Erlebensmuster, Swets & Zeitlinger, Frankfurt, Germany.

SILVA, J. A. R. O. (2013). Flexibilização da jornada de trabalho e seus reflexos na saúde do trabalhador. Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, 42, 127-156, 2013. https://hdl.handle.net/20.500.12178/103778

SILVA, S. M. F., & OLIVEIRA, A. DE F. (2019). Burnout em professores universitários do ensino particular. Psicologia Escolar e Educacional, 23, e187785. doi.org/10.1590/2175-35392019017785

TOSTES, M. V, ALBUQUERQUE, G. S. C, SILVA, M. J. S., & PETTERLE, R. R. (2018). Sofrimento mental de professores do ensino público. Saúde em Debate, 42(116), 87-99. doi.org/10.1590/0103-1104201811607

WEGNER R., BERGER P., POSCHADEL B., MANUWALD U., & BAUR X. (2011). Burnout hazard in teachers results of a clinical-psychological intervention study. Journal of Occupational Medicine and Toxicology 6, 37-42. doi:10.1186 / 1745-6673-6-37

Downloads

Publicado

27/06/2024

Como Citar

Mendes Pires Melo, L. A., Silva Ribeiro , L. G., & Bicalho, C. (2024). PRÁTICAS TERAPÊUTICAS PARA REDUÇÃO DA FREQUÊNCIA DO BURNOUT EM PROFESSORES: Revisão Sistemática. Educação Em Foco, 27(52), 1–22. https://doi.org/10.36704/eef.v27i52.6609