Frestas em biologia, devir-monstro e experimentações com a bioarte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36704/eef.v27i52.6628

Palavras-chave:

Bioarte., Cartografia., Experimentação.

Resumo

As pesquisas apontam a necessidade de inventar novos ensinos de biologia, mas é preciso dizer de antemão que não há resposta a priori a não ser experimentar com as possibilidades. Essa nossa proposta ao pesquisar a relação entre ciência e arte durante o período no Church Lab, almejando a emancipação do pensamento em relação ao ensino de biologia. Nesse período criamos bactérias transgênicas e desterritorializamos o laboratório de genética para reterritorializarmos em ateliê de arte e muitos fluxos foram liberados pelas linhas de fuga que encontramos nesse caminhar. Escolhemos a cartografia como metodologia por ser possível com ela captar tais fluxos. Durante o processo, um devir-monstro nos arrancou das significações da biologia e nos embalou por entre as frestas da ciência e arte. Encontramos outras biologias, monstros e possibilidades de criar mundos com bactérias transgênicas que viraram arte.

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Biografia do Autor

Fabíola Fonseca, Unicamp

Graduada em Ciências Biológicas, modalidade licenciatura e bacharelado, pela Universidade Federal de Goiás (2003 e 2004); Mestre em Educação em Ciências e matemática pela mesma Universidade (2010). Possui experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Ambiental, Ensino de Ciências e Biologia e Estágio Curricular Supervisionado. Doutorado em educação pela Universidade Federal de Uberlândia e doutorado sanduíche na universidade de Harvard sob a tutela de George Church e Joe Davis, quando produziu a sua primeira obra de arte "Bactérias transgênicas" (2019). Tem pós-doutorado em artes pelo Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará, atualmente é pós-doutoranda vinculada à Faculdade de Educação da Unicamp.

Daniela Carvalho, Universidade Federal de Uberlândia

Sou licenciada em Ciências Biológicas (1997) com doutorado em Educação (2006). Tudo pela Universidade Estadual de Campinas. Desde 2008 atuo como professora no Instituto de Biologia e no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia. Trabalho uma disciplina sobre Ciências e Mídias, e outra, sobre as Conexões entre a Biologia e a Arte Contemporânea. Pesquiso sobre museus e mídias, tendo como referencial teórico a obra do filósofo russo Mikhail Bakhtin. Participo do UIVO (Matilha de Estudos na Filosofia da Diferença) onde criamos fabulações sobre o contemporâneo.

Referências

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Publicado

26/06/2024

Como Citar

Fonseca, F., & Carvalho, D. F. (2024). Frestas em biologia, devir-monstro e experimentações com a bioarte. Educação Em Foco, 27(52), 1–19. https://doi.org/10.36704/eef.v27i52.6628